Azul lança empresa sub-regional e amplia malha no Recife para o feriado de 7 de Setembro

Azul Conecta substitui TwoFlex. Com subsidiária, companhia tem planos de chegar a 200 cidades, sobretudo no interior. No feriado, Recife terá reforço de voos para nove aeroportos
Mona Lisa Dourado
Publicado em 11/08/2020 às 12:52
Companhia opera com 17 aeronaves Cesna Gran Caravan, turboélice regional monomotor com capacidade para até nove assentos Foto: DIVULGAÇÃO


A Azul lançou oficialmente na manhã desta terça-feira (11), em Jundiaí (SP), a Azul Conecta, nova empresa voltada à aviação sub-regional, que fortalecerá e ampliará o número de destinos atendidos pela aérea no Brasil, sobretudo em cidades menores do País. A cerimônia presencial contou com executivos da empresa e representantes do governo.

No caso de Pernambuco, a  Azul Conecta pode viabilizar os planos de estabelecer novas ligações com municípios do interior, como Caruaru, no Agreste, e Serra Talhada, no Sertão, para onde a Azul já havia demonstrado interesse em voar, aguardando apenas o término das obras dos respectivos aeroportos. A empresa, no entanto, ainda não confirma operações sob a nova bandeira. 

A marca Azul Conecta substitui a TwoFlex, adquirida pela companhia em janeiro deste ano por R$ 123 milhões. Com a nova empresa, que voa para 36 cidades, a meta da Azul é expandir a atuação para 200 destinos nos próximos anos. Antes da crise desencadeada pela covid-19, a empresa atendia cerca de 110 cidades no Brasil. Em setembro, serão 88.

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A frota da Azul Conecta é composta por 17 aeronaves modelo Cesna Gran Caravan, um turboélice regional monomotor com capacidade para até nove assentos. Em rotas de menor demanda, os aviões menores permitirão atuar com melhor rentabilidade do que a possibilitada pelos modelos ATR ou E195, hoje usados na maioria das rotas regionais. Ganha, principalmente, o turismo de negócios nas áreas mais remotas. 

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REPRODUÇÃO DO INSTAGRAM - O presidente da Azul, John Rodgerson, no lançamento da Azul Conecta, ao lado do vice-presidente Técnico Operacional da empresa, Flávio Costa (E), e do secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann


Dos 17 aviões, três são exclusivamente cargueiros e vão contribuir para a expansão da Azul Cargo Express, a unidade de cargas que poderá operar em cidades não atendidas atualmente por voos regulares da empresa.

"O que vamos fazer nos próximos dez anos é muito mais do que já fizemos. Temos aeronaves pequenas, médias, grandes e muito grandes. Pequenas para cidades pequenas, médias para cidades médias e grandes para cidades grandes. Vamos levar pessoas a qualquer lugar do mundo”, diz o presidente da Azul, John Rodgerson.

O secretário Nacional de Aviação Civil (SAC) do Ministério da Infraestrutura, Ronei Saggioro Glanzmann, ressalta a importância de aumentar a cobertura aérea no País. "Chegar com esse tipo de aeronave é fundamental. Não temos aeroportos como Congonhas em todos os lugares do Brasil", afirma, ao defender a demanda de passageiros por voos em municípios mais afastados.

A Azul Conecta contribuirá para o reforço dos três hubs principais da companhia, em Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, além de aeroportos estratégicos, como o de Congonhas, onde foram herdados 14 slots (espaços de decolagens e aterrissagens) que pertenciam à TwoFlex.

“A Azul Conecta nasce da vocação regional da Azul e da TwoFlex que, separadamente, já estavam levando o serviço aéreo para novas e diversas partes do Brasil. Agora, estamos unindo a força das empresas para, especialmente neste momento de flexibilização e retomada, direcionar o transporte aéreo e cargueiro a lugares que não estão sendo servidos hoje em função da pandemia ou a cidades potenciais que não contam com a operação aérea”, diz o vice-presidente Técnico-Operacional da Azul e diretor presidente da Azul Conecta, Flávio Costa.

De acordo com a aérea, por enquanto, em Pernambuco os Cesna Gran Caravan só são utilizados para voos cargueiros entre o Recife e Fernando de Noronha, além do atendimento a um contrato também para transporte de cargas na rota Belo Horizonte-Petrolina-Fortaleza-Natal-Recife-Maceió-Aracaju-Salvador-Vitória da Conquista-Belo Horizonte. 

Ainda sob a bandeira TwoFlex, os monomotores da Azul Conecta já voaram 3.256 horas entre maio e junho, o que corresponde a 55 horas de voo por dia da frota que está em operação, segundo a companhia.


7 DE SETEMBRO

No período de 4 a 8 de setembro, a Azul vai reforçar a sua malha aérea, com 64 novos voos para atender a demanda do feriado da Independência do Brasil.

DIVULGAÇÃO - Azul terá voos extras no 7 de Setembro

O maior número de pousos e decolagens será concentrado justamente nos aeroportos do Recife, Belo Horizonte e Campinas, os principais centros de conexão no País. Dessa forma, a capital pernambucana terá aumento de ligações para Fortaleza, Maceió, Natal, Salvador, Teresina, Brasília, Rio de Janeiro (Santos Dumont) e para Congonhas e Guarulhos, em São Paulo.

DIVULGAÇÃO - Azul terá voos extras no 7 de Setembro


De Confins (BH), os voos terão como destino Porto Seguro, Ilhéus, Salvador e para o Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Já partindo de Viracopos, o Cliente Azul pode chegar a Curitiba, Foz do Iguaçu e Navegantes. Outras rotas como Cuiabá-Porto Alegre e Porto Alegre-Guarulhos também receberão voos extras.

“Para atender a demanda crescente e que geralmente é maior em períodos como esse, fizemos adições da oferta em nossos principais hubs no país. Oferecemos mais voos em rotas que consideramos de lazer, queremos atender os Clientes que irão aproveitar a data para descansar e visitar parentes e amigos. Desde o início da pandemia, a Azul adotou uma série de novos protocolos de higiene, por isso, com toda convicção, podemos dizer que viajar é seguro e que estamos pronto para receber nossos Clientes com toda a segurança e saúde”, explica o gerente de planejamento de malha da Azul, Vitor Silva.

Valter Campanato/Agência Brasil - A Azul não confirma o número de demissões. Em nota, informa estar buscando soluções para enfrentar a crise decorrente da pandemia da covid-19


Em setembro, a Azul já alcançará 45% da capacidade operada antes da pandemia, um crescimento de 570% na malha de 70 voos que foi operada em abril, no momento mais crítico da crise. Serão 407 voos por dia para 88 destinos no Brasil e no exterior.
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