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COVID-19

Manifestação no Recife e em Fernando de Noronha cobra mudança na reabertura do arquipélago aos turistas

Trade do arquipélago de Fernando de Noronha vê inviabilização de retomada com o plano apresentado pelo governo do Estado

JC
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JC
Publicado em 07/09/2020 às 19:18 | Atualizado em 07/09/2020 às 19:58
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Veleiro estava a cerca de 180 quilômetros do arquipélago de Fernando de Noronha - FOTO: DIVULGAÇÃO

O trade do arquipélago de Fernando de Noronha, incluindo desde pousadeiros a bugueiros, conselheiros e pequenos negociantes, irá protocolar nesta terça-feira (8) ofício solicitando reunião com o governador Paulo Câmara. A esperança é de que o governo revise o atual plano de reabertura vigente em Noronha, adotando um protocolo anterior que tinha sido elaborado com a própria participação do Estado. A demanda é de que não haja restrição do acesso apenas para turistas que tiveram a covid-19 e estão clinicamente recuperados, já que tal medida é apontada como um vetor para a situação crítica que continua a abater os negócios de turismo e moradores do arquipélago.

Para entregar o ofício, empresários irão se deslocar da avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, em carreata, até o Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio (Centro), a partir das 8h15. Simultaneamente, outra carreata será realizada em Noronha, Indo do Porto Santo Antônio até a Escola Arquipélago.

“É um movimento sem fins políticos, reivindicando a abertura da ilha para o turismo, obedecendo todas as normas de segurança, mas com a implementação do protocolo criado pela sociedade civil, com a participação da própria administração (da ilha) e demais órgãos públicos (Força Aérea Brasileira, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, CPRH, ICM-Bio, Conselho Distrital), sob a mediação do Ministério Público. Um documento elaborado por muitas mãos, mas que fora abandonado”, relata Ana Claudia Sultanum, que atua na administração da Pousada Zé Maria.

Desde o dia 1º de setembro, o governo de Pernambuco liberou o acesso de turistas a Fernando de Noronha. No entanto, só é permitida a entrada daqueles que já foram diagnosticados com covid-19. Essa restrição, conforme representantes do trade, inviabiliza a operação dos negócios e traz insegurança, inclusive para os moradores. “O objetivo é reabrir a ilha para os visitantes de forma responsável e segura. Porém, abrir de verdade. Esse primeiro protocolo ( que está em vigor) foi muito prejudicial ao nosso destino. É crítica a situação que estamos vivendo”, reclama o conselheiro da Ilha de Fernando de Noronha, Ailton Júnior.

Diferente do que já colocou em prática o governo, os empresários querem que o acesso seja liberado para todos os turistas que realizarem testes do tipo RT-PCR 72 horas antes do embarque e, em seguida, no dia do voo. Com essa medida, o apontamento é de que o fluxo de pessoas, com controle da doença, iria melhorar e viabilizar a operação de pousadas, restaurantes e demais atividades que mesmo liberadas continuam fechadas.

“Estamos tentando remarcar as estadias frustradas para uma outro período. Aliado a isso, a malha aérea ainda está inexistente, mal atende aos moradores e funcionários. Temos apenas um voo semanal (aos sábados), ou seja, o turista que vier à ilha necessariamente será obrigado a passar uma semana aqui. Ainda está inviável. A ilha ‘abriu’ para o turismo no último dia 1º, o primeiro voo para turista veio dia 05/09, mas com apenas quatro turistas. Está tudo precário. Não tem infraestrutura até para manter o abastecimento dos próprios moradores”, detalha Ana Claudia.

Regras

Atualmente, o visitante envia o resultado do exame e a comprovação do pagamento da Taxa de Preservação Ambiental para conseguir liberação da Administração do Distrito, incluindo moradores e trabalhadores de serviços essenciais. Segundo o boletim desta segunda-feira, Noronha tinha 97 casos confirmados de covid-19 e 95, recuperados. Sem registro de óbitos pela doença, o arquipélago tinha ainda 3 casos em investigação.

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