Quem iria para "lugar nenhum" teve que voltar pra um local bem definido: Porto de Hong Kong, na China. Um cruzeiro sem destino definido que partiu de Hong Kong foi obrigado a voltar para o porto, nesta quarta-feira (5), para aplicar testes em seus 3.700 passageiros, depois que nove foram detectados como contatos de um surto da variante ômicron do coronavírus.
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A cidade, que, assim como a China, impõe quarentenas restritivas aos viajantes para evitar a entrada do vírus, enfrenta um pequeno surto comunitário ligado a um funcionário de uma companhia aérea. Estas infecções locais levaram a uma avalanche de testes em massa e ao rastreamento dos possíveis contatos das pessoas infectadas.
Segundo as autoridades sanitárias, nove desses contatos estão no navio "Spectrum of the Seas". A embarcação zarpou no domingo (2) para um cruzeiro por águas internacionais, uma prática iniciada em Hong Kong durante a pandemia para permitir que seus residentes viajem sem precisar cumprir quarentena ao voltar.
O governo determinou o retorno do cruzeiro ao porto um dia antes para aplicar testes de diagnóstico de covid-19 em seus 2.500 passageiros e 1.200 tripulantes. Todos terão de apresentar resultado negativo para desembarcar.
CRUZEIROS NO BRASIL
A temporada de cruzeiros, aberta nos últimos meses, já tem indicadores preocupantes e que motivaram a Agência Nacional de Vigilância Sanitária a recomendar a interrupção da navegação de navios deste tipo pelo Brasil. Segundo o órgão federal, houve um crescimento exponencial de casos de covid a bordo entre passageiros e tripulantes. Em 55 dias, até o dia 25 de dezembro, foram 31 notificações. Nos últimos nove dias, foram registrados 798 casos, um aumento de 25 vezes.