Cuidado com fogos deve ser redobrado neste fim de ano
Brincadeiras com fogos de artifícios podem terminar em queimaduras graves e até perda de membros. Médico orienta o que fazer em caso de acidentes

O Réveillon é mais uma ocasião, junto ao São João, em que os fogos de artifício estão em evidência. Apesar dos pontos de queima organizados pela iniciativa pública ou privada, muitas pessoas preferem comemorar com fogos de forma particular. Neste caso, é necessário cuidado redobrado.
O médico Marcos Barreto, coordenador clínico da área de queimados do Hospital da Restauração, em entrevista à Rádio Jornal, alertou para os perigos que envolvem soltar fogos de artifício.
“As pessoas costumam guardar fogos da época junina para queimar agora, no Réveillon. Esses fogos não têm mais garantia e muitas vezes estão resfriados porque passaram pelo período de inverno, eles não vão queimar”, explica.
“Muitos acidentes acontecem com crianças: quando o artefato não explodiu, elas chegam até o artefato e ele explode na mão ou no rosto”, exemplifica.
Acidentes com fogos podem gerar, além de queimaduras graves, lesões faciais e perda de membros, como dedos ou parte da mão. Outra combinação que não surte bons resultados e precisa de muita atenção são os fogos de artifício com o consumo de bebidas alcóolicas, também comuns nas confraternizações de final de ano.
Cuidados pós queimaduras
Para evitar acidentes, o ideal é não brincar com fogos de artifício. Entretanto, se a brincadeira acontecer e terminar em acidente, é importante agir com rapidez para diminuir os danos.
Os fogos comumente utilizados neste período são de teor altamente explosivos, por isso, o médico Marcos Barreto ressalta que não adianta resfriar o local atingido e esperar pelo alívio da dor.
A recomendação é envolver a área afetada com um pano úmido limpo, e se houver sangramento, comprimir o local. Não exagere na quantidade de tecido, pois se houver um sangramento ativo, o estado pode piorar.
De imediato, a vítima deve ser encaminhada para uma unidade hospitalar, onde será avaliada a gravidade do ferimento e a necessidade de transferência para uma unidade terciária, como o Hospital da Restauração.
“Nesses casos de explosão, muitas vezes as pessoas perdem dedos, parte da mão, ou são acometidas com lesões profundas de face e antebraço, então devem ir imediatamente à unidade de atendimento”, reforça o médico.