Magiluth vende ingressos de nova peça para se manter durante pandemia do coronavírus

Grupo pernambucano lançou campanha nas redes sociais para minimizar prejuízos causados pelo isolamento social
Márcio Bastos
Publicado em 25/03/2020 às 14:16
Nova peça do grupo é inspirada no universo de João Cabral de Melo Neto Foto: Vitor Pessoa/Divulgação


A pandemia do novo coronavírus tem forçado artistas e profissionais do setor cultural a encontrar soluções para amenizar os do isolamento social e, consequentemente, a paralisação das atividades. Para tentar amenizar os efeitos da crise, o Grupo Magiluth antecipou a vende de ingressos de seu próximo espetáculo, Estudo nº 1: Morte e Vida Severina, baseado na obra de João Cabral de Melo Neto.

Um dos coletivos mais celebrados do teatro contemporâneo brasileiro, o grupo abriu, em janeiro de 2020, o espaço cultural Casarão Magiluth, na Rua da Glória, localizado no coração do centro do Recife, no Bairro da Boa Vista. A iniciativa exigiu muito investimento financeiro e emocional e, diante da suspensão das atividades, o grupo não pode contar com a verba das ações previstas para os meses de março, abril e maio. 

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A estreia de Estudo nº 1: Morte e Vida Severina era uma das atividades já programadas e iria acontecer no dia 8 de maio. Mas, sem certeza de quando acabará a quarentena em Pernambuco, o coletivo formado por  Giordano Castro, Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Márgio Sérgio Cabral, Lucas Torres e Pedro Wagner não tem como estabelecer uma nova data. Os ingressos antecipados podem ser comprados neste link e ajudarão o grupo a continua seu processo de pesquisa durante este período.

SOBRE ESTUDO Nº 1: MORTE E VIDA SEVERINA

Na nova montagem, o grupo se inspira no clássico Morte e Vida Severina, escrito por João Cabral de Melo Neto (1920-1999). Com direção de Rodrigo Mercadante e direção musical de Juliano Holanda, o trabalho  propõe um estudo cênico sobre a trajetória de imigrantes que deixam o sertão nordestino e seguem o caminho do rio, em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Assim como já fez em outros trabalhos, como Viúva, Porém Honesta, de Nelson Rodrigues, e Hamlet, de Shakespeare, que nas mãos do grupo inspirou o espetáculo Dinamarca, o Magiluth lança seu olhar singular para investigar questões contemporâneas, buscando entender também como elas têm origem no passado. 

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