Califórnia planeja reabrir indústria cinematográfica, mas Hollywood é um 'desafio'

Os estúdios de cinema e televisão neste estado americano fecharam em meados de março, quando as ordens de confinamento entraram em vigor
AFP
Publicado em 21/05/2020 às 14:58
Estimado em US$ 100 milhões, o teleférico faria um percurso de 1,6 km e ainda incluiria um centro de visitantes perto do famoso letreiro Foto: Foto: Wikimedia Commons/Reprodução


A Califórnia divulgará na próxima semana um plano para reabrir sua indústria de entretenimento, no qual o principal desafio está em Los Angeles, epicentro da maioria das produções, mas também da pandemia no estado.

Os estúdios de cinema e televisão neste estado americano fecharam em meados de março, quando as ordens de confinamento entraram em vigor.

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O governador Gavin Newsom disse nesta quarta-feira (20) que a maioria dos 58 condados da Califórnia "terá a capacidade" de começar a retomada das filmagens seguindo os critérios que serão apresentados na segunda-feira.

Mas o condado de Los Angeles - lar dos estúdios de Hollywood, com o maior número de produções e cerca de 900.000 empregos no setor antes do fechamento - representa "o desafio".

"Ainda hoje, das mortes relatadas, um número desproporcional veio deste condado ... Estamos um pouco preocupados, eles estão algumas semanas atrás de todos os outros", disse o governador.

Sua chefe de gabinete, Ann O'Leary, descreveu Los Angeles como "o maior obstáculo que temos em relação à indústria".

"Eu não quero amenizar isso ... temos cada vez mais casos na área de Los Angeles e é por isso que vai haver alguns atrasos", disse O'Leary em uma videoconferência com os líderes da indústria do entretenimento.

O condado de Los Angeles confirmou 40.000 casos positivos da COVID-19 com quase 2.000 mortes, mais da metade dos registrados em toda a Califórnia.

As autoridades locais divulgaram nesta semana que restaurantes e shopping centers não abrirão suas portas até pelo menos 4 de julho, mesmo quando outras partes do estado começarem a relaxar as restrições.

O chefe de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos, que participou da videoconferência, concordou que "tomar atalhos de segurança" teria "terríveis efeitos a longo prazo" sobre o setor.

A gigante do streaming já retomou as produções em países como Islândia, Suécia e Coréia do Sul.

Sarandos disse que as produções com equipes menores, como documentários, poderiam reabrir mais cedo, enquanto os filmes envolvendo multidões exigirão "muita segurança, muita logística".

A diretora e produtora Ava DuVernay ("Selma") disse que as equipes no set podem ser divididas em grupos menores que operam em momentos diferentes para reduzir os riscos de contágio.

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