Quem são as verdadeiras heroínas brasileiras e quantas delas se encontram nos livros de História? Infelizmente, muito poucas. Há anos a cordelista e escritora cearense Jarid Arraes pesquisa a vida e obra de mulheres negras invisibilizadas pelos relatos oficiais. Em 2017 ela lançou Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis, ilustrado por Gabriela Pires, que acaba de ganhar uma nova edição pela Seguinte (176 pgs., R$ 34,90).
Jarid viaja pelo tempo para recontar as histórias da princesa angolana Zacimba Gaba, que chegou ao Brasil em 1690; de Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista brasileira; da guerreira quilombola Dandara dos Palmares; de Carolina Maria de Jesus, autora do clássico Quarto de Despejo e outras 11 mulheres. Uma leitura necessária e inspiradora.
- Escrito durante os primeiros meses da pandemia, Primeiro Eu Tive Que Morrer é o romance de estreia da cearense Lorena Portela. Lançado de forma independente, o livro acompanha a jornada de seis mulheres, ambientado na vila de Jericoacoara.
A partir de uma paixão, a narradora se vê confrontada com questões do passado e todos os anseios que acompanham a necessidade de seguir em frente. A violência machista da sociedade patriarcal é também um dos temas abordados. A capa é da pernambucana Carolina Burgo. Vendas online(140 pgs., R$ 32,90), no Instagram da autora, @portelori.
- A GfK e a Associação Nacional de Livrarias divulgaram novo relatório dos dados do varejo de livros no Brasil. Entre 31 de agosto e 27 de setembro foram vendidas 3,8 milhões de unidades,um aumento de 8,1% em volume em relação ao ano passado, no mesmo período.
- O espaço Soneto Tropical, no Espinheiro, também vem investindo em literatura infantil. Neste mês de outubro, chegaram novos títulos: Carolina (Orlando Nilha), sobre Carolina Maria de Jesus, e Frida Kahlo e Eduardo Galeano, ambos da coleção Para Meninas e Meninos (Nadia Fink).