'Bridgerton', da Netflix, dá roupagem pop à aristocracia britânica

Produzida por Shonda Rhimes, série aposta em diversidade do elenco e em pautas como o feminismo
Da redação
Publicado em 31/12/2020 às 15:17
PROTAGONISTAS Os atores Regé-Jean Page e Phoebe Dynevor vivem Simon e Daphe Foto: LIAM DANIEL/NETFLIX


Recente no catálogo da Netflix, Bridgerton já é um sucesso na plataforma de streaming e figura entre as 10 produções mais vistas desde sua estreia. A série criada por Chris Van Dusen e com produção de Shonda Rhimes (Grey's Anatomy) lança um olhar diferente para a juventude da Inglaterra do começo do século 19, adicionando elementos da cultura pop contemporânea.

Bridgerton é baseada na série de livros de Julia Quinn e evoca, com tons modernos, o clima de romances clássicos, como os de Jane Austen, inclusive por ser focada na aristrocracia britânica. Diante da rigidez da estrutura social que segrega e oprime as mulheres, a família Bridgerton, composta por Lady Violet, suas quatro filhas, Daphne, Eloise, Francesca e Hyacinth; e quatro filhos, Anthony, Benedict, Colin e Gregory, que tentam se inserir naquele xadrez político e afetivo.

Daphne se torna um catalisador das tensões e intrigas após ser apresentada à sociedade com o intuito de arranjar um casamento. No seu caminho, aparece Simon Basset, o Duque de Hastings, conhecido mulherengo que firma não querer casar, apesar da pressão de sua família. Juntos, traçam um plano de fingir um envolvimento para fugirem das expectativas sociais.

>> Leia também: Fim de Vikings: Criador da série comenta última temporada e diz ter feito justiça aos personagens

>> Leia também: 'The Wilds', do Amazon Prime, mistura drama e mistério em uma trama instigante

Com ritmo um ritmo mais contemporâneo e várias referências aos dias atuais, como versões de canções pop, Bridgerton também aposta em pautas comportamentais progressistas e na diversidade racial do elenco, o que não é comum em obras de época.

A proposta, como mostra a boa recepção do público, é um sinal de que a sensibilidade dos espectadores mudou e, atualmente, a maioria busca obras que dialogem com as propostas do nosso tempo, mais abertas à pluralidade. O combate ao racismo e a à misoginia se dá tanto no discurso quanto nas atitudes, garantindo, de fato, representatividade em todas as esferas.

O elenco, que também conta com Golda Rosheuvel, Jonathan Bailey, Luke Newton, Claudia Jessie, Nicola Coughlan, Ruby Barker, Sabrina Bartlett, Ruth Gemmell, Adjoa Andoh, Polly Walker, Ben Miller, Bessie Carter, Harriet Cains, está afiado. Há ainda uma surpresa para os fãs de cinema: a participação especial de Julie Andrews, que faz a voz de Lady Whistledown

TAGS
cultura Netflix streaming
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory