A esperança cada vez mais se renova. O ator Paulo Gustavo, 42 anos, trava uma verdadeira batalha pela vida. Há mais de 40 dias intubado após diagnóstico positivo para covid-19, necessitando do aparelho ECMO (uma espécie de pulmão artificial) para sobreviver num tratamento que custa R$ 30 mil por dia, cada evolução é comemorada por amigos e família. Embora seu quadro continue grave, desde o início de abril que o ator apresenta respostas positivas ao tratamento.
De acordo com o último boletim médico divulgado, Paulo Gustavo reagiu a pequenos estímulos, como contou uma de suas melhores amigas, e apresentou sinais evidentes na recuperação.
Relembre a evolução do ator Paulo Gustavo
5 de abril: Neste dia, o boletim médico de Paulo Gustavo falava em estabilidade no estado de saúde. “A evolução clínica, que demanda seu tempo individual, teve, especialmente nas últimas 24 horas, sinais de evolução progressiva que geraram otimismo na equipe médica”, dizia trecho do comunicado.
16 de abril: No comunicado divulgado neste dia, a equipe de médicos estava otimista sobre a recuperação dele. O marido de Paulo comemorou a notícia nas redes sociais, assim como Déa Lúcia Amaral, mãe do ator. “Meu filho, a saudade é muito grande. Estamos te esperando. Deus está contigo”, disse ela.
19 de abril: Internado desde o dia 13 de março, o humorista Paulo Gustavo, de 42 anos, trava uma dura batalha contra a covid-19. Nesta segunda-feira (19), a amiga do ator, a cineasta Susana Garcia, que também é médica, revelou que ele "mexeu duas vezes e tentou abrir a boca" durante visita neste domingo (18).
20 de abril: Neste dia, o boletim apontava que Paulo Gustavo apresenta sinais de recuperação das funções pulmonares. “Felizmente, não surgiram novas complicações nos últimos quatro dias. O quadro clínico do paciente, embora ainda preocupante, é de estabilidade, com alguns sinais mais evidentes de recuperação das funções pulmonares. Também verificamos boa responsividade aos pequenos estímulos", dizia o comunicado.
25 de abril: A atriz Tatá Werneck animou as redes sociais com uma notícia sobre o ator Paulo Gustavo neste final de semana. Aos 42 anos de idade, Paulo está internado com covid-19 desde 13 de março, mas, de acordo com Werneck, o ator está “melhorando muito”.
Entenda o que é o ECMO, aparelho que é fundamental na luta de Paulo Gustavo contra a covid-19
Durante esta segunda onda da covid-19, uma tecnologia tem se destacado como um recurso para salvar vidas de pessoas que evoluem de forma gravíssima em unidade terapia intensiva (UTI). Chamado popularmente de pulmão artificial, o aparelho desponta com o papel de aumentar a sobrevida dos pacientes. É o caso do ator Paulo Gustavo. Em epidemias anteriores, como a de H1N1, em 2009, o procedimento conhecido como ECMO (sigla em inglês para oxigenação por membrana extracorpórea) deu suporte a pacientes com insuficiência respiratória aguda grave.
Agora, mais uma vez, a ECMO funciona como um pulmão extra para as pessoas com covid-19 grave, cuja função pulmonar foi muito reduzida. A administradora de empresas e empresária Noemia Resende, 43 anos, é uma das pessoas que tiveram uma evolução muito grave da covid-19 e foram beneficadas com a técnica. Ela ficou 60 dias internada no Real Hospital Português (RHP). "Entrei no dia 15 de novembro e saí em 15 de janeiro. Nesse período, tive quatro broncoaspirações, fui traqueostomizada (procedimento que consiste na abertura da traqueia para o meio externo, com inserção de um tubo para permitir a passagem do ar), precisei de hemodiálise e de várias transfusões de sangue", relata.
Ela foi entubada no dia 29 de novembro e diz que chegou a um estado muito crítico, com ambos os pulmões com mais de 50% de comprometimento. "Fiquei 20 dias em ECMO, que realmente foi o que salvou a minha vida. Lembro que, durante um momento no hospital, pedi ao médico para não desistir de mim. A toda a equipe, sou muito grata. Hoje estou bem e já voltei totalmente à minha rotina", comemora Noemia.
Na rede pública de saúde de Pernambuco, apenas o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) faz uso da tecnologia, segundo a Secretaria de Saúde. Hospitais privados também utilizam a máquina, que ainda pode exercer a função do coração.
Leia mais na coluna Saúde e Bem-estar, da jornalista Cinthya Leite.