LUTO

Antes do cartunista Lailson, relembre outros nomes da cultura pernambucana que morreram devido à Covid-19

Morte do chargista entrou para o quadro das perdas no mundo da cultura durante a pandemia

Cadastrado por

Emannuel Bento

Publicado em 26/10/2021 às 15:55 | Atualizado em 26/10/2021 às 16:01
Augusto Cesar, Lailson de Holanda e Ricardo Brennand - TOM CABRAL/ACERVO JC IMAGEM, MARCIA MENDES/ACERVO JC E DIVULGAÇÃO

A morte de Lailson de Holanda Cavalcanti nesta terça-feira (26), vítima da Covid-19, entrou para o quadro das perdas da cultura pernambucana durante a pandemia. Dono de uma prestigiada trajetória enquanto cartunista e chargista, com passagens também pela música, o artista havia dado entrada num hospital particular do Recife no último dia 17 de outubro. Ele havia optado por não tomar nenhuma dose das vacinas.

Leia também: Saiba quem foi Lailson de Holanda, cartunista que faleceu de Covid-19

Relembra outras perdas do mundo cultural devido à Covid:

Ricardo Brennand

FUNDADOR Ricardo Brennand começou a colecionar ainda na infância - DIVULGAÇÃO

O empresário e colecionador de arte Ricardo Brennand faleceu aos 92 anos logo nos primeiros meses na pandemia, em 25 de abril de 2020. Ele foi fundador do Instituto que levou o seu nome, localizado no bairro da Várzea. O apreço pelo universo dos colecionadores começou em 1939, quando ganhou seu primeiro canivete. Em 1999, começou a implantar o Instituto, que conta com o Museu de Armas, pinacoteca, destinada a eventos e exposições, restaurante, biblioteca e da Capela Nossa Senhora das Graças.

Augusto César

Augusto César - TOM CABRAL/ ACERVO JC IMAGEM

O cantor Augusto César morreu aos 61 anos, em 20 de abril de 2021. Ele era diabético e apresentou problemas renais. Começou a carreira como "cantor de rádio" ainda criança, em programas como Tia Linda, Jorge Chau Show. Demorou a gravar o álbum de estreia, o que só aconteceu em 1985. Estourou dois anos depois com "Escalada", sucesso nacional, pela gravadora 3M, com direito a Disco de Ouro (na época por cem mil cópias vendidas). Depois de uma breve passagem por São Paulo, voltou para o Recife. Aqui, construiu uma obra de 23 discos, entre LPs e CDs, dois DVDs, um deles gravado no histórico Teatro de Santa Isabel.

Flaviola

Tinha 68 anos e morreu de covid-19, engrossando o número de vítimas brasileiras da doença - REPRODUÇÃO

Flaviola foi um grande líder para a música psicodélica pernambucana. O artista, que residia no Rio de Janeiro, faleceu em junho deste ano, aos 68 anos. Seu primeiro disco solo "Flaviola e o Bando do Sol", que é de 1974, chegou a ter uma reedição em LP, lançado em 2020. O ano também marcou seu último trabalho inédito, o disco "Ex-Tudo". "Martelo dos 30 anos" (1985), "Quasar do sertão" (1986) e "Décimas de um cantador" (1987) foram algumas das parcerias que o artista teve com Zé Ramalho, um dos seus maiores parceiros musicais.

Louro Santos

Louro Santos ficou internado em um hospital do Recife, lutando contra a covid-19, durante um mês. - REPRODUÇÃO

Aos 49 anos, o cantor pernambucano Louro Santos faleceu em 23 de novembro de 2020. Ele era instrumentista e fez parte das bandas Aveloz e Forró da Malagueta. Também ficou bastante conhecido após fazer dueto com o filho, Victor Santos, interpretando a música "Retrato". Já compôs músicas para artistas consagrados, como Joelma. Escreveu composições famosas, como "Te encontrei" e "Virou minha cabeça", sucesso na voz de André Viana.

Mestre Jaime

Foto: Marcos Michael/JC Imagem Data: 22-01-2010 Assunto: CIDADES - carnaval 2010 - Coletiva do Governo do Estado sobre o Carnaval 2010. Na foto o carnavalesco Mestre Jaime, de Salgueiro, o artista homenageado deste ano. - MARCOS MICHEL/ACERVO JC IMAGEM

Jaime Alves Concerva, mais conhecido como Mestre Jaime, faleceu em 4 de janeiro de 2021. Salgueiro, cidade no Sertão pernambucano onde ele fundou o bloco A Bicharada, decretou luto oficial de três dias em sua memória. Ele esteve à frente do A Bicharada de Mestre Jaime, o ícone da folia de momo comandou a festa pelas ruas de Salgueiro por mais de 70 anos. Seus bonecos gigantes, que representavam figuras humanas e também animais, marcaram gerações na cidade. Entre suas marcas registradas estavam os ternos sempre bem cortados, que ele mesmo confeccionava, pois também era alfaiate.

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