A politização do ambiente das redes sociais, uma realidade do Brasil desde os protestos de 2013, ganhou nova importância nos últimos anos, sobretudo após o pleito de 2018. Com as eleições de 2022, o cenário é de guerra por engajamento a favor de Lula ou Jair Bolsonaro.
Essa disputa ficou ainda mais evidente com a entrada de Anitta, que declarou apoio a Lula, inicialmente no Twitter. O jornalista especializado em análise de dados Pedro Barciela divulgou um gráfico que mostra como ficou o cenário de disputas de narrativas na rede no começo desta semana, após o apoio da cantora.
Anitta conseguiu liderar o agrupamento de perfis a favor de Lula. Já o grupo de Bolsonaro perdeu força, e passou cerca de 48h tentando encontrar alguma nova narrativa para alinhar o discurso. Veja:
Além de Anitta, que tem mais de 60 milhões de seguidores, outro nome que coloca Lula em evidência é Deolane Bezerra, influenciadora digital com 14 milhões de seguidores no Instagram. Ela chegou a viralizar por declarar apoio a Lula e se encontrou com o petista recentemente.
Já no âmbito dos atores, nomes em evidência em "Pantanal" como Camila Morgado (Irma), Dira Paes (Filó) e Osmar Prado, o Véio do Rio, estão com Lula.
Em 2018, a linguagem das redes sociais era tida como uma vantagem quase que exclusiva do espectro político de Jair Bolsonaro e sua popularidade ia de contas anônimas a influenciadores e artistas - mesmo que a classe artística, em sua maioria, pendesse para a esquerda.
Agora, a bolha bolsonarista conta com o apoio de artistas como Latino. "Ele é o que temos de melhor. Atura ou surta", provocou, recentemente em entrevista. "O Brasil que eu quero: quando o eleitor digitar o 13, que ele seja teletransportado para a Venezuela!", publicou, em montagem.