Luto

A divertida Dona Cacilda, personagem de Cláudia Jimenez, ficará na memória do brasileiro. Relembre carreira da atriz

O velório da atriz Claudia Jimenez será aberto ao público para que as pessoas possam prestigiar e aplaudir a artista e prestar sua última homenagem. A cerimônia será das 12h às 16h30, no Cemitério Memorial do Carmo, na Zona Portiuária do Rio de Janeiro

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Adriana Guarda

Publicado em 20/08/2022 às 12:07 | Atualizado em 20/08/2022 às 13:51
Claudia Jimenez - Reprodução/Instagram

Sempre que o Professor Raimundo (Chico Anysio) chamava Dona Cacilda (Cláudia Jimenez) na sala de aula da Escolinha, o público, sentado no sofá de casa, preparava-se para dar boas risadas. Sensualizando, ela deixava o mestre desconcertado com suas tiradas provocativas. E tremulava a língua no céu da boca para reforçar o CacIIILLLda no próprio nome. 

Claudia morreu neste sábado (20), aos 63 anos. Ela estava internada no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada.

A companheira de Cláudia, Stella Torreão informou que o velório da atriz será aberto ao público para que as pessoas possam prestigiar e aplaudir a artista e prestar sua última homenagem.

A cerimônia será das 12h às 16h30, no Cemitério Memorial do Carmo, na Zona Portiuária do Rio de Janeiro. Morre no Rio de Janeiro atriz Claudia Jimenez aos 63 anos

Foram 6 anos atuando na primeira versão da Escolinha do Professor Raimundo, nos anos 1990, ao lado de outros grandes humoristas. Na época, o bordão "beijinho, beijinho, pau pau", repetido na Escolinha caiu na boca do povo. A expressão fazia referência à música "Beijinho, beijinho, tchau, tchau", de Xuxa.

Em 2014, em entrevista ao Fantástico, Claudia revelou que Cacilda foi a personagem que mais amou. "Não era nem propriamente pelo personagem, mas pelo que eu vivi ali dentro. Foram seis anos de gargalhadas", contou.

A sua interpretação de Dona Cacilda fez tanto sucesso que Claudia venceu o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1991. No mesmo ano, no cinema, ela levou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Brasília, pela interpretação da personagem Beatriz.

Outra personagem "fogosa" de Cláudia Jimenez foi a empregada Edileuza, da série "Sai de Baixo", em 1996. No humorístico, ela trabalhava ao lado de Miguel Falabella, Aracy Balabanian, Luís Gustavo e Tom Cavalcanti. Ela também fez participação em "Os Normais", em 2002.

Cláudia Jimenez nas novelas

Das novelas, ela fez uma participação especial na primeira versão de "Ti-ti-ti", de 1985, e esteve em "Torre de Babel", de 1998, "As filhas da mãe", de 2001, no especial "Papo de Anjo", em 2003, na novela "América", "Sete Pecado", em 2007, "Negócios da China", em 2008, "Aquele Beijo", em 2011.

Por sua atuação em Torre de Babel, ela foi indicada na categoria de melhor atriz, no Troféu Imprensa, em 1999, e ainda para o Prêmio Contigo!, em 2008, por "Sete Pecados".

Em 2014, mais uma vez esteve ao lado de Miguel Falabella na série "Sexo e as Negas", que era o diretor. O último papel de Cláudia na TV Globo foi em "Haja Coração", em 2016.

Problemas de saúde

Em 1986, Cláudia enfrentou seu primeiro problema de saúde. A atriz foi diagnosticada com um câncer no tórax e precisou fazer radioterapia.

Claudia ainda enfrentou três cirurgias cardíacas: em 1999, vítima de enfarte, colocou cinco pontes de safena, em 2012, quando precisou substituir a válvula aórtica e depois, em 2014, ano em que colocou um marcapasso.

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