ADIAS E KANYE WEST

ADIAS E KANYE WEST: Saiba qual o valor do prejuízo da marca após romper com rapper por antissemitismo

Adidas anunciou que está encerrando a sua colaboração com o rapper Kanye West após seus comentários de cunho antissemita

Cadastrado por

Emannuel Bento

Publicado em 25/10/2022 às 10:57 | Atualizado em 25/10/2022 às 13:31
ADIAS ROMPE COM KANYE WEST Ex-chefe de marcas globais da Adidas Eric Liedtke com Kanye West em 2016 - JONATHAN LEIBSON/ADIDAS

A empresa de roupas e equipamentos esportivos Adidas anunciou nesta terça-feira (25) que está encerrando a sua colaboração com o rapper Kanye West, após seus comentários de cunho antissemita nas últimas semanas.

"Após um estudo aprofundado, a empresa tomou a decisão de encerrar imediatamente a colaboração com Ye", disse o grupo em comunicado. "A Adidas não tolera antissemitismo ou qualquer outra forma de discurso de ódio", acrescentou.

Adias e Kanye West: Empresa terá prejuízo de R$ 1,3 bilhão

A empresa informou que o impacto negativo de curto prazo será de 250 milhões de euros (cerca de 1,3 bilhão de reais) no lucro líquido da empresa em 2022, já que este quarto trimestre é considerado alta sazonalidade. Estimula-se que a linha de West representava 8% das vendas da marca.

Segundo a Adidas, a decisão terá efeitos imediatos. O prejuízo que a empresa deve assumir com o fim da parceria equivale a um sexto do receita líquida anual da Adidas.

"Os comentários e ações recentes de Ye são inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores de diversidade, inclusão, respeito mútuo e justiça da empresa", disse a Adidas num comunicado, acrescentando que vai encerrar a produção da linha de roupas e calçados Yeezy e suspender todos os pagamentos ao rapper e às suas empresas.

Kanye West e Judeus: Por que o rapper vem sendo acusado de antissemita?

KANYE WEST Rapper se envolve em polêmica após comentários antissemitas - JEAN-BAPTISTE LACROIX/AFP

Kanye West está imerso em mais uma polêmica depois de fazer publicações de cunho antissemita - termo que se dá ao preconceito contra populações de origem semita, como os árabes e os judeus.

O caso começou quando o músico norte-americano usou uma camisa com a estampa "Vidas Brancas Importam" ("White Lives Matter" em contraponto ao movimento antirracista Black Lives Matter) durante um desfile na Semana de Moda de Paris.

A frase rendeu críticas na indústria da moda e da música, a exemplo do posicionamento crítico do rapper Diddy.

Kanye West ofendeu judeus nas redes sociais

KANYE WEST Rapper se envolve em polêmica após comentários antissemitas - JULIEN DE ROSA/AFP

Ao se defender, no Instagram, Kayne West publicou uma sequência de prints de uma conversa Diddy. Nas mensagens, West afirma que o colega de profissão era "controlado por judeus".

A publicação foi removida do Instagram e sua conta está bloqueada - ou seja, Kanye não pode fazer novas postagens na rede social. West, então, partiu para o Twitter para questionar a atitude de Mark Zuckerberg, dono do grupo Meta, que controla o Instagram.

Em seguida, West fez publicações no Twitter dando a entender que atacaria os judeus. Mais especificamente, ele escreveu "death con 3 com o povo judeu".

Ao escrever "death con 3" em seu tweet, ele estava aparentemente se referindo ao termo militar "defcon". Existem cinco níveis que indicam a intensidade de uma ameaça à segurança nacional, sendo 5 o mais baixo e 1 o mais alto.

KANYE WEST Rapper se envolve em polêmica após comentários antissemitas - CHRIS DELMAS/AFP

O tweet, portanto, sugere que ele estava se preparando para algum tipo de ameaça ao povo judeu ou que ele próprio iria infligir algum tipo de violência a eles. Por conta disso, ele também foi bloqueado do Twitter.

Após ser banido das redes, Kanye West comprou a empresa Parlement Technologies, responsável pelo aplicativo e rede social Parler.

Parler é um aplicativo popular entre o público conservador e se denomina como "a rede social da liberdade de expressão", sendo usada por apoiadores de Donald Trump nos EUA.

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