O prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino, publicou vídeo nas redes sociais na sexta-feira (28) comunicando que o planejamento e a execução do Festival de Inverno será de responsabilidade do município em 2024. Marcada por polêmicas entre o governo de Pernambuco e a gestão municipal, a 31ª edição do FIG se encerra neste domingo (30).
“A partir do próximo ano, 2024, nós tomamos a decisão com a nossa equipe que o FIG será realizado diretamente pela Prefeitura Municipal de Garanhuns. Nós vamos assumir essa responsabilidade para continuar fazendo com que o nosso Festival de Inverno cresça a cada ano e não diminua, como ocorreu este ano”, disse o prefeito.
Os principais desentendimentos entre a gestão Raquel Lyra e Silvaldo Albino foram a programação e o número de dias da festa. Quando a governadora anunciou as datas pelas redes sociais, no dia 26 de junho, o prefeito de Garanhuns se disse surpreso.
O gestor municipal participou de reunião com a Fudarpe e da Secretaria de Cultura de Pernambuco e teria ficado definida a data de 14 a 23 de julho para realização do festival. Depois, ele afirmou que foi pego de surpreso com o anúncio de um período mais curto do FIG, com datas entre 21 a 30 de julho.
"Você é prefeito de uma cidade, vai ter um evento na cidade que você administra e não é nem comunicado da data, não tem informações pra dizer nem da data nem do formato, é lamentável. Aqui não é casa de mãe Joana que a pessoa define e faz o que quer. Precisa ter um alinhamento, é o mínimo que poderia ter tido conosco", reclamou na época.
Em 2022, quando o FIG comemorou 30 anos de história, a festa durou 17 dias. Para este ano, a expectativa era que ficasse com 14, mas fechou em 9 dias.
No vídeo, Albino afirma que a decisão foi tomada depois de conversar com turistas, moradores da cidade, comerciantes e empresários. O gestor também citou o apoio do deputado federal Felipe Carreras e disse que vai buscar parceria com a iniciativa privada para 2024.
Apesar das críticas ao governo do Estado na realização do Festival este ano, o prefeito diz que vai continuar buscando ajuda do governo e da Fundação de Cultura. A resposta da Secretaria de Cultura de Pernambuco é que ainda não há nenhum pronunciamento a respeito de mudanças na gestão do FIG.
Nas redes sociais, a grade de artistas definida pelo governo do Estado foi bastante criticada, pela falta de artistas locais e de polos que foram excluídos.
No ano passado, a festa atraiu 1,4 milhão de pessoas e movimentou R$ 24 milhões em negócios durante os 17 dias de evento. Mais de 850 atrações se apresentaram nos 25 polos que foram montados.