O ministro da Economia, Paulo Guedes, explicou que 54 milhões de pessoas serão beneficiadas para receber o auxílio emergencial de R$ 600, projeto sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nessa quarta-feira (1º). O coronavoucher, como é chamado, será destinado a trabalhadores informais, autônomos, desempregados, trabalhadores com contratos intermitentes e microempreendedores individuais (MEIs), devido à pandemia do novo coronavírus.
O auxílio será pago durante três meses. De acordo com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, o pagamento será feito em quatro etapas.
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A previsão dada, inicialmente, pelo ministro da Cidadania é de que os pagamentos começariam a ser realizados no próximo dia 16 de abril. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (2), afirmou que ações do governo para pagar auxílio emergencial estão "a todo vapor" e que o pagamento já deve começar na semana que vem (a partir do dia 10 de abril para quem está no Cadastro Único do governo, e no dia 16 para quem não está no cadastro).
Os primeiros a receber o auxílio serão os beneficiários do programa Bolsa Família. A segunda etapa de pagamento contemplará os informais do cadastro único (CadÚnico), seguidos dos MEIs e, na quarta fase, os informais que não estão no CadÚnico do governo federal.
O auxílio será no valor de R$ 600. As mães que atuam como chefes de família poderão receber duas cotas do auxílio, o que significa a quantia de R$ 1.200,00. Já para os beneficiários do Bolsa Família, o auxílio emergencial poderá substituir o benefício, caso a pessoa considere que seja vantajoso.
O governo estipulou regras para o recebimento da quantia. São elas:
- ser maior de 18 anos de idade;
- não ter emprego formal;
- não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
- renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
- não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.
Ainda segundo o texto, o beneficiário deverá ainda cumprir uma dessas condições:
- exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
- ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
- ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou
- ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.
A liberação dos recursos também depende da abertura de um crédito extraordinário no Orçamento federal. O pagamento será efetuado ao longo de três meses, com operacionalização pelas redes dos bancos públicos federais: Caixa Econômica Federal, casas lotéricas, Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste (BNB), após o cruzamento de dados para definir quem tem direito ao benefício. Os detalhes de como será feito o pagamento, no entanto, ainda serão divulgados pelo governo.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, o auxílio terá um impacto de R$ 98 bilhões nos cofres do governos.
A TecBan anunciou que os caixas eletrônicos do Banco24Horas terão a opção de saque para o auxílio oferecido pelo Governo Federal. Segundo a empresa, foi implantada a função do Saque Digital, que permite a retirada de dinheiro a partir de código numérico enviado por mensagem pelo governo ao celular do trabalhador.
O saque estará disponível para qualquer cidadão, mesmo aqueles que não possuem conta em banco, nos mais de 23 mil Banco24Horas do Brasil.