Mayra Cavalcanti
Publicado em 29/04/2020 às 8:40
Com informações da repórter Juliana Oliveira, da TV Jornal
Agências da Caixa Econômica Federal na Região Metropolitana do Recife (RMR) seguem registrando grandes aglomerações e tumultos nesta quarta-feira (29). Com a liberação do saque em espécie do auxílio emergencial de R$ 600 na última segunda-feira (27), feito de forma escalonada pelo banco, as filas, que já eram longas, aumentaram ainda mais. A reportagem esteve, nesta quarta, nas agências do Bairro Novo, em Olinda, da Avenida Agamenon Magalhães, da Avenida Caxangá e da Encruzilhada, no Recife e, em todas, havia longas filas.
Na Encruzilhada, nesta quarta, houve registro de tumulto na entrada do banco. Na terça-feira (28), houve tumulto em agência no Bairro Novo, em Olinda. A população chegou a atear fogo em frente ao local para tentar impedir a saída dos bancários no horário do almoço. Na última segunda (27), antes mesmo das 7 horas, já havia aglomeração na agência da Praça da República. Muitos clientes passaram a noite ao relento para conseguir um bom lugar na fila.
Sobre o caso, a Caixa divulgou uma nota. "Levantamento da CAIXA aponta que apenas uma pessoa a cada cinco que buscaram presencialmente o banco nessa segunda-feira (27) tinha direito ao saque na referida data. O aplicativo CAIXA Tem registrou milhões de acessos nos últimos dias, sendo que mais da metade é de usuários que não têm direito ao Auxílio Emergencial. A CAIXA recomenda que somente os brasileiros que receberam o Auxílio Emergencial pela Poupança Social Digital acessem o app CAIXA Tem. O banco tem envidado todos os esforços para otimizar e acelerar o atendimento em seus canais físicos e digitais", diz o banco.
Nascidos nos meses de maio e junho podem fazer o saque em espécie do auxílio emergencial de R$ 600 a partir desta quarta-feira (29). O saque segue um calendário definido pela Caixa Econômica Federal para evitar aglomerações nos bancos e casas lotéricas. O benefício também fica disponível a partir desta quarta para beneficiários do Bolsa Família com o Número de Identificação Social (NIS) finalizado em 9, totalizando 1.920.953 pessoas, e aqueles que se inscreveram através do aplicativo ou pelo site da Caixa. O benefício é pago devido à pandemia do novo coronavírus a trabalhadores autônomos, informais e microempreendedores individuais (MEIs).
O saque o auxílio emergencial teve início nessa segunda-feira (27) e causou tumulto e confusão em agência da Caixa no Recife. O saque pode ser feito em caixas eletrônicos da Caixa, nas unidades lotéricas e nos Caixa Aqui, a partir do mês de nascimento do beneficiário. Para ter acesso ao dinheiro em espécie, é preciso atualizar o app Caixa Tem, fazer o login e selecionar a opção "saque sem cartão" e informar o valor a ser retirado. Só assim o aplicativo vai gerar o código autorizador com validade de duas horas. Confira o calendário:
27 de abril – nascidos em janeiro e fevereiro
28 de abril – nascidos em março e abril
29 de abril – nascidos em maio e junho
30 de abril – nascidos julho e agosto
4 de maio – nascidos em setembro e outubro
5 de maio – nascidos em novembro e dezembro
A Caixa alerta que os beneficiários do Bolsa Família que recebem o valor em poupança do banco podem movimentar o dinheiro por meio do aplicativo no celular ou fazendo uso o cartão de débito em compras. Veja o calendário para os beneficiários do programa:
Quarta-feira (29):
1.920.953 pessoas – NIS final 9
Quinta-feira (30):
1.918.047 pessoas – NIS final 0
O governo estipulou regras para o recebimento da quantia. São elas:
- ser maior de 18 anos de idade;
- não ter emprego formal;
- não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
- renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
- não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.
- exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
- ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
- ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou
- ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.
O Governo Federal e a Caixa disponibilizaram a página na internet e o aplicativo por meio do qual trabalhadores informais podem solicitar o coronavoucher, como ficou conhecido o auxílio emergencial de R$ 600, em virtude do novo coronavírus (covid-19).
O app deve ser usado pelos trabalhadores que forem MEIs, trabalhadores informais sem registro e contribuintes individuais do INSS. Aqueles que já recebem o Bolsa Família ou que estão inscritos no CadÚnico não precisam se inscrever pelo aplicativo ou site. O pagamento será feito automaticamente. Os trabalhadores que não tiverem acesso à internet poderão fazer o cadastro nas agências da Caixa ou nas casas lotéricas.
Android: https://bit.ly/2x2r9Nw
Ao acessar, clique em "Realize sua solicitação";
Confira na tela seguinte se possui os requisitos necessários;
Se possuir, clique em "Declaro que li e tenho ciência que me enquadro em todas as condições acima" e em "Autorizo o acesso e uso dos meus dados para validar as informações acima";
Na sequência, clique em "Tenho os requisitos, quero continuar" para prosseguir com o cadastro;
Na próxima tela, informe seus dados completos e clique em "Não sou um robô" e em "Continuar";
Na tela seguinte, informe a renda, o ramo de atividade, estado e cidade;
Na próxima, preencha os dados das pessoas que moram com você;
Depois você diz se quer receber em conta já existente ou criar uma poupança digital;
Após informar a opção, você deve fornecer seu documento (RG ou CNH);
Depois de fazer o cadastro, é possível acompanhar se vai receber o auxílio emergencial, consultando no próprio site ou aplicativo.
Em caso de dúvidas, a Caixa disponibiliza a central telefônica 111. Não será possível se cadastrar no programa pelo telefone, somente tirar dúvidas.
Cada pessoa que tiver direito deve receber R$ 600 por mês, durante três meses. A lei prevê a possibilidade de o governo prorrogar o benefício enquanto durar o estado de calamidade pública por causa da covid-19. Cada família pode acumular, no máximo, dois benefícios, ou seja, R$ 1.200. A mulher que sustentar o lar sozinha terá direito a R$ 1.200.