O ministro da Economia, Paulo Guedes, mais uma vez vendeu a ideia, nesta segunda-feira (5), de que o Brasil segue no "caminho da prosperidade", apesar do recrudescimento da pandemia de covid-19 no País. "Estamos no nosso programa. Essa semana temos R$ 10 bilhões em concessões de aeroportos, terminais portuários, e mais uma ferrovia. O Brasil vai enfrentar a guerra nos dois frontes, na Saúde e na Economia. Precisamos de vacinação em massa e rápida, para garantir o retorno seguro ao trabalho. O PIB já voltou em V. O que se discute hoje é se taxa de crescimento vai ser 3% ou 3,5%, ou se recrudescimento com o recrudescimento da pandemia, nós seremos abatidos novamente", afirmou, em videoconferência com a XP Investimentos.
- Guedes: Bolsonaro é 'fenômeno político' e é natural preocupação com combustível
- Em live com Guedes, Moro diz que presidente não contribui com tolerância
- Lockdown é para desacelerar contágio enquanto se acelera vacina, diz Guedes
- Após vacinação ilegal de empresários, Guedes cancela participação em evento
Guedes reconheceu que a pressão sobre a inflação subiu, mas lembrou que o Banco Central atua para garantir que os aumentos de preços setoriais e transitórios não se tornem permanentes e generalizados.
Déficit manobrável
"Nós, do ponto de vista fiscal, estamos tentando voltar para déficits mais manobráveis. A desalavancagem de bancos públicos prossegue. O BNDES vai devolver R$ 100 bilhões ao Tesouro, a Caixa vai fazer uma ou duas desestatizações", afirmou o ministro da Economia. "Teremos capacidade de manter equilíbrio entre saúde e responsabilidade fiscal", completou.
Apesar de dizer que não faria previsões, Guedes avaliou que baque do recrudescimento da pandemia em 2021 será menor e mais curto do que o impacto visto no ano passado. O ministro ainda deu orientações sanitárias a prefeitos e governadores.
"Espero em três ou quatro meses a gente atinja ponto crítico de imunização de rebanho. Os prefeitos e governadores precisam olhar com muita atenção para transporte público. O lockdown reduz velocidade de contágio, é verdade, mas temos que ter protocolos em transporte público", afirmou Guedes.