Videogame sobre o SUS desenvolvido pela Fiocruz Pernambuco é finalista de concurso internacional

O SuperSus, game desenvolvido em Pernambuco pela Fiocruz, ficou entre os 96 finalistas de 29 países. Resultado será conhecido no início do mês de maio
Edilson Vieira
Publicado em 08/04/2021 às 20:00
PREMIAÇÃO SuperSus foi indicado à categoria de melhor jogo educacional Foto: DIVULGAÇÃO


Mais conhecida por suas pesquisas na área da saúde publica, a Fiocruz Pernambuco ganhou destaque esta semana com um videogame. O jogo SuperSUS, desenvolvido pelo grupo de pesquisa Saberes e Práticas em Saúde, da Fiocruz PE, é finalista no Brazil’s Independent Games Festival, Big Festival 2021. Trata-se do maior festival de jogos independentes da América Latina, que acontecerá de 3 a 9 de maio, totalmente online. Este ano o evento teve recorde de inscritos, com 510 jogos vindos de mais de 50 países. O júri selecionou 96 finalistas de 25 países diferentes, sendo 30% brasileiros.

O SuperSus foi indicado à categoria de melhor jogo educacional. Nele, o jogador faz um passeio pela história da rede de saúde e descobre os diversos serviços ofertados pelo SUS. A cada desafio cumprido, conquistas são acumuladas até serem alcançados os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O SuperSus é gratuito, e pode ser baixado nos sistemas Android e iOs dos smartphones, ou no computador, na versão web, no endereço: https://supersus.fiocruz.br/

COLABORATIVO

Islândia Carvalho, pesquisadora do departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz PE, coordenou a equipe que criou o jogo. “A inspiração veio da necessidade de mostrar as pessoas, e sobretudo aos jovens, o que é o SUS e o que ele faz. Então eu pensei em ensinar a importância do SUS através do jogo. Foi um desafio porque ninguém do grupo tinha experiência com games”, disse Islândia. A saída, foi buscar estudantes da Universidade Federal de Pernambuco que pudessem, de forma colaborativa, criar o produto.

“O processo foi todo feito com estudantes, de Informática, Comunicação e Design da UFPE. O teste de usabilidade foi feito com alunos de uma escola pública do Bairro da Várzea [Zona Oeste do Recife]. Levamos cerca de um ano para desenvolver o jogo a um custo muito baixo, cerca de R$ 20 mil na época”. Islândia, que é mestre e doutora em Saúde Pública, revelou que a equipe já está trabalhando numa nova versão do game, o SuperSus e a Covid. “A ideia é expandir o assunto, ir aperfeiçoando o jogo para falar de direitos da população, Vigilância em Saúde e outros temas”, revelou Islândia.

FESTIVAL

Gustavo Steinberg, diretor do Big Festival, explica que para ser selecionado entre os finalistas um game é avaliado em critérios técnicos como a usabilidade, o design, o desenvolvimento da narrativa e até o som. “Existe um comitê de especialistas que joga o game para experimentar as qualidades técnicas. Os selecionados serão submetidos ao crivo de uma equipe de juízes que irão escolher os vencedores. Como a maior parte dos games que participam do festival são recentes, com menos de dois anos de criado, ou mesmo inéditos, o festival funciona como uma grande vitrine e até mesmo um selo de qualidade para o produto”, explicou Gustavo Steinberg. O resultado da premiação acontece no dia 6 de maio, às 21h30, e pode ser acompanhado pelo site: www.bigfestival.com.br

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