OPORTUNIDADES

Polo automotivo de Pernambuco garante expansão e vai gerar milhares de empregos ao longo dos próximos anos

Até 2025 Grupo Stellantis (Fiat/Jeep) quer ampliar o número de fornecedores de componentes que abastecem o polo automotivo de Goiana de 41 para 61 empresas

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 06/05/2021 às 17:04
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Em 2015 foi a inauguração da fábrica em Pernambuco, dando início ao polo automotivo de Goiana. São mais de 14 mil trabalhadores, sendo 85% pernambucanos - FOTO: DIVULGAÇÃO
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O polo automotivo da Fiat/Jeep, instalado em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, completou seis anos de operação confirmando o investimento de R$7,5 bilhões até 2025, a produção do quarto modelo de carro fabricado em Goiana e a ampliação do número de empresas que compõem o parque de fornecedores. Os números foram apresentados nesta quinta-feira (6) pela diretoria do Grupo Stellantis e Juliana Coelho, gerente geral da fábrica de Goiana.

A fábrica da Jeep foi inaugurada em 28 de abril de 2015 com um parque de fornecedores formado por 16 empresas em seu perímetro industrial. Atualmente, a cadeia de fornecedores locais (distribuídos pelo Estado) é formada por 41 empresas. A expectativa é que até 2025 estejam instalados em Pernambuco 61 fornecedores de componentes diretos e indiretos utilizados na montagem dos carros. Ainda não há uma definição em relação ao número de empregos que serão gerados, mas serão muitas as oportunidades.

Em janeiro deste ano, duas empresas de componentes a Benteler e Itaesbra, anunciaram a instalação de fábricas na cidade de Igarassu, e a geração de 380 postos de trabalho. Em setembro do ano passado, a japonesa Yazaki anunciou a instalação de uma unidade de produção de componentes elétricos na cidade de Bonito (Mata Sul do Estado), com a promessa de gerar duas mil vagas de trabalho.

PERNAMBUCANOS

A estratégia de estabelecer junto à planta vários fornecedores permitiu que os veículos produzidos no polo alcançassem um índice acima de 60% de nacionalização. “A alta localização da produção atrai indústrias para o entorno da planta Jeep, uma vez que a indústria automotiva tem uma cadeia longa de produção, que envolve muitos fornecedores de diversos setores. Os fornecedores, por sua vez, necessitam desenvolver seus próprios fornecedores de insumos e serviços e, deste modo, ativa-se uma corrente de industrialização“, explicou Juliana Coelho, gerente geral da fábrica de Goiana. A planta já retomou a capacidade produção que tinha antes da pandemia, trabalhando em três turnos e envolvendo 14 mil funcionários, sendo que metade deles atuam diretamente na fábrica e o restante distribuídos entre os fornecedores. Os nordestinos compõem a maior força de trabalho (90%), sendo 85% pernambucanos, revelou Juliana Coelho.

PRODUÇÃO

Em seis anos de atividade o polo automotivo de Goiana já produziu 1 milhão de veículos e se prepara para, no segundo semestre deste ano, lançar seu quarto modelo fabricado aqui. Um SUV de grande porte, com 7 lugares, que deverá ser o mais sofisticado da linha Jeep. Atualmente a fábrica de Goiana exporta 15% de sua produção, mas chegou a exportar 20% em 2018, quando teve início a crise econômica da Argentina e em seguida a pandemia, em 2020. Em janeiro deste ano o Grupo Fiat/Chrysler (dono das marcas Fiat e Jeep, entre outras) concluiu a fusão com o grupo francês PSA (Peugeot/Citroen), originando o Grupo Stellantis, considerado o 4o. maior grupo fabricante de veículos do mundo.

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