Retomada da economia

Sem Carnaval e com quarentena no verão, brasileiros beberam menos cerveja no início do ano

Segunda onda da covid-19 atrapalhou o desempenho das cervejarias no primeiro trimestre de 2021

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Adriana Guarda

Publicado em 04/05/2021 às 11:04 | Atualizado em 04/05/2021 às 11:48
Empresas adotam estratégias para compensar perda de vendas durante a pandemia, como aposta no delivery - Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas

Depois de enfrentar um ano difícil em 2020, as cervejarias se preparam para mais um exercício complicado em 2021. Se no ano passado, que ainda teve Carnaval, as vendas caíram, agora a situação é ainda mais adversa, sem a principal festa do ano para o setor e com vários Estados promovendo quarentena em pleno Verão por conta da covid-19. Diante do cenário, a expectativa é de que o resultado do primeiro trimestre seja de queda. Nesta quinta-feira (6), a Ambev vai anunciar o balanço dos primeiros meses do ano.  

De acordo com o Sindicato da Indústria da Cerveja (Sindcerv), que representa a Ambev e a Heineken, alguns fatores estão contribuindo para a queda no consumo da bebida. Um deles é a perda de renda dos brasileiros, provocada pelo desemprego e pela redução do valor do Auxílio Emergencial de R$ 600 em 2020 para R$ 150 este ano. Além disso, a necessidade do fechamento de bares e restaurantes em vários Estados, por conta segunda onda da pandemia também encolhe o consumo. Os bares e restaurantes nem chegam a representar o maior volume de vendas, em comparação com os supermercados, mas é o canal onde está a maior margem de lucro. 

No caso das cervejarias artesanais, o impacto da quarentena é ainda maior, porque representa o principal canal de vendas das empresas. Em Pernambuco, algumas cervejarias que não iam muito bem chegaram a fechar porque não resistiram aos impactos da crise econômica trazida pela covid-19. 

HEINEKEN 

No último dia 21, a subsidiária brasileira da Heineken divulgou os resultados da companhia no primeiro trimestre. Os volumes caíram 5%, puxado pelo fraco desempenho das marcas econômicas, que caíram 25%. Além disso, o recuo no segmento de refrigerantes também contribuiu para anular em 18% o  resultado da Heineken.

A Ambev, que no ano passado conseguiu crescer mesmo com a crise, graças a uma estratégia de vendas que incluiu sua plataforma de vendas Zé Delivery, estimava um resultado positivo no primeiro trimestre mesmo sem o Carnaval, mas já estava revendo a previsão. Agora é observar o resultado da companhia. 

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