País bate recorde de desemprego. Está procurando vaga? Veja lista de oportunidades abertas

A taxa de 21,3% no Estado representa 868 mil pessoas desempregadas, um aumento de 15,8% em relação ao último trimestre do ano passado
Adriana Guarda
Publicado em 27/05/2021 às 11:47
emprego Foto: Artes JC


O que se percebe no dia a dia é confirmado pelos números: Pernambuco vive uma situação aterradora quando o assunto é desemprego. Dados da Pnad Contínua do primeiro trimestre de 2021, aponta o Estado com uma taxa de desocupação de 21,3%, ocupando junto com a Bahia o primeiro lugar no ranking do desemprego no Brasil. É o pior resultado de Pernambuco desde o início da pesquisa realizada pelo IBGE em 2012. A taxa ficou bem acima da média nacional (14,7%) e do Nordeste (18,6%).

Um exemplo recente do desespero por uma vaga de emprego foi a seleção da Delikata, que recebeu 32 mil currículos para preencher apenas quatro vagas. Pernambuco tem 868 mil pessoas desempregadas, um aumento de 15,8%na comparação com o último trimestre do ano passado, quando 749 mil pessoas procuraram trabalho e não encontraram, uma diferença de 118 mil trabalhadores a mais. Se por um lado o desemprego aumenta, por outro o número de pessoas ocupadas permanece estável em 3,2 milhões.

Acompanhe as vagas que estão disponíveis no momento

Grupo GR

O grupo especializado em prestação de serviços GR está com vagas abertas para diferentes áreas no Estado de Pernambuco. Os interessados podem se candidatar pelo site da empresa, no campo Trabalhe Conosco. As disponibilidades são para os cargos de porteiro, auxiliar de serviços gerais, vigilante e inspetor de segurança nas cidades de Jaboatão, Recife e Moreno, na Região Metropolitana. São oito vagas disponíveis. www.grupogr.com.br

Food Tech Liv Up

A foodtech Liv Up abriu 60 vagas de emprego para pessoas de todo o Brasil, dessas, mais de 30 são na área de tecnologia. Entre as vagas, existe a possibilidade de trabalho remoto (home office) ou flexível. Para a área de tecnologia, se destacam Tech Lead, Engenharia de Software, Engineering Manager, Engenharia Mobile e Cientista de Dados. Mas as oportunidades que se estendem para outras áreas importantes da empresa como Portfólio, Chef de Criação, Especialista de Pesquisa com Consumidor, Líder de Desenvolvimento, Senior UX Research, entre outras. As oportunidades podem ser conferidas no site da empresa.

Grupo Movile

O Grupo Movile está com 27 vagas abertas de nível sênior para posições de gerência e alta liderança. Há oportunidades nas empresas Movile, MovilePay, Sympla, Zoop, PlayKids, Afterverse, iFood, e Mensajeros Urbanos. Profissionais de todas as regiões do Brasil e também em outros países da América Latina podem se candidatar. As vagas podem ser encontradas no site do Grupo Movile.

Boticário

O Grupo Boticário abriu inscrições para processo seletivo de seu programa de estágio 2021. Até 28 de maio, estudantes de todo o Brasil terão a chance de se inscrever na segunda edição do "Geração B". Ao todo, serão 22 vagas em Negócios, Marketing & Comunicação, Operações, e Pesquisa & Desenvolvimento.

Mercado Livre 

O Mercado Livre anunciou que vai dobrar o seu quadro de funcionários em 2021. Segundo a companhia, serão 16 mil novos postos diretos de trabalho em toda a América Latina, desses, 7.200 somente no Brasil. Devem ser contratados profissionais de diferentes áreas e para todos níveis de experiência.  Para concorrer a uma das mais de 7,2 mil vagas ofertadas é necessário se cadastrar no site Empregos no Mercado Livre (jobs.mercadolibre.com) ou enviar o link de sua conta no LinkedIn no momento da escolha da vaga. 

InGaia

A empresa de tecnologia imobiliária inGaia está com processo seletivo aberto para contratação de 150 profissionais em diferentes áreas e cargos, para atuar nos departamentos comercial, de design, negócios, marketing, RH e TI. As contratações são para atuação no modelo home office. Por não precisar estrar presencialmente na sede de instituição, que atua em 26 estados do País, existe a possibilidade de candidatura de profissionais de todos os Estados. 

Restrições das atividades econômicas prejudicou

A gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, diz que o crescimento da taxa de desocupação no Estado mostra a deterioração do mercado de trabalho nesse início de ano. “Isso reflete também as restrições ao funcionamento de atividades econômicas ao longo de fevereiro, particularmente no agreste e sertão, e de março em todo o estado. Vale lembrar que o setor de serviços, principal demandante de mão-de-obra, registrou queda de 8,5% no acumulado dos três primeiros meses de 2021”, observa.

O efeito da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho entre 2020 e 2021 foi especialmente sentido no estado. No primeiro trimestre do ano passado, a taxa de desocupação foi de 14,5%, o que significa 6,8 pontos percentuais a menos do que no início deste ano. Isso significa também que, no acumulado entre janeiro, fevereiro e março de 2020, 593 mil pessoas procuraram trabalho e não encontraram, número que aumentou 46,4% nos três primeiros meses de 2021.

Ocupados, mas sem proteção social

Outro dado alarmante em Pernambuco é o tamanho da informalidade, que deixa o trabalhador vulnerável sem qualquer proteção social. Atualmente, mais da metade da população ocupada está na informalidade. Do total de pessoas ocupadas, 51,3% está na informalidade, o que representa um total de 1,64 milhão de pessoas, colocando o Estado em nono lugar nacional. Para efeito de comparação, o Brasil tem uma
taxa de informalidade mais de dez pontos percentuais inferior (39,6%).

Os trabalhadores considerados informais para a pesquisa são empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada, trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada, empregador sem registro no CNPJ, trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

Impacto da redução do auxílio emergencial 

A gerente do IBGE acredita que a alta expressiva na desocupação entre o primeiro trimestre de 2021
e o mesmo período do ano passado ocorreu porque as primeiras medidas de distanciamento social relacionadas à pandemia foram tomadas em meados de março de 2020. “Além disso, nos primeiros meses de 2021, o auxílio emergencial num valor mais baixo, que atende a uma parcela menor da população, contribuiu para o retorno de uma parcela significativa de pessoas na busca por empregos e por uma fonte de renda”, analisa.

Com a redução do valor médio do auxílio de R$ 600 para R$ 150 muitas pessoas voltaram a procurar emprego, contribuindo para uma redução de 11,8% no número de desalentados, que passou de 368 mil no final de 2020 para 325 mil pessoas no primeiro trimestre de 2021. A população desalentada é
definida pelo IBGE como aquela que está fora da força de trabalho e não havia realizado busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

Também impressiona o nível da ocupação, indicador que mede o percentual da população ocupada em relação às pessoas em idade de trabalhar. No primeiro trimestre de 2020, 44,4% dos pernambucanos de 14 anos ou mais tinham alguma ocupação. No acumulado de janeiro, fevereiro e março de 2021, a porcentagem caiu para 41%. O mercado de trabalho em Pernambuco pede socorro.  

TAGS
Covid19 desemprego Economia pandemia pernambuco
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory