Facilidades

Lojas poderão oferecer saque e troco por Pix, informa presidente do Banco Central

Roberto Campos Neto afirmou, também, que versão ampliada do open banking poderá integrar planos de saúde

Cadastrado por

Cássio Oliveira

Publicado em 13/08/2021 às 11:49 | Atualizado em 13/08/2021 às 11:59
Itaú: Pix de pessoa física para pessoa jurídica já empata com pagamento no débito - Marcello Casal JrAgência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, informou, nessa quinta-feira (12), que lojas e estabelecimentos comerciais poderão, em um futuro breve, se tornar “agências bancárias” para permitir saques e dar troco aos clientes por meio do Pix.

“Estamos no processo de pensar como isso vai trafegar e quais são os preços. Muito provavelmente, vamos começar numa situação em que o lojista recebe para fazer esse serviço”, disse Campos Neto, durante evento promovido, ontem, pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O presidente afirmou que os lojistas serão remunerados para oferecer as novas modalidades de transação.

Os novos serviços permitirão que qualquer comércio, por menor que seja, ofereça as opções de saque e troco em espécie, desde que tenha uma caixa registradora.

Campos Neto disse que as funções permitirão tanto o saque “puro”, em dinheiro, como o pagamento de produtos com valor a mais, para receber o troco. “Se a pessoa comprou um item por R$ 10 e precisa de R$ 10 para ir a outro estabelecimento, ela poderá pagar R$ 20”, exemplificou o presidente do BC.

Segundo Campos Neto, as facilidades promoverão a inclusão, uma vez que os serviços de saque também serão disponibilizados em pequenos municípios sem agências bancárias. “Nessas localidades, a pessoa tem que sair, pegar uma van e ir para outra localidade (para sacar dinheiro). A gente entende que o Pix acabou gerando essa inclusão”, disse.

Aos comerciantes, o modelo também será interessante, pois diminuirá custos de transporte de numerário, além de gerar mais segurança, por não permanecer com muito dinheiro em caixa, disse o presidente do BC.

Open Banking

O presidente do BC afirmou ainda que uma versão ampliada do open banking –ou sistema financeiro aberto–, chamada de open finance, poderá integrar planos de saúde. Segundo ele, o tema foi abordado em uma conversa recente com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

"Por que as pessoas não usam isso para monetizar para ter coisas melhores na área de planos de saúde? Uma vez que a plataforma seja implantada e as pessoas tenham a consciência de que os dados que elas produzem têm muito valor, isso vai expandir bastante", ressaltou.

Pelas regras do BC, com o open banking o consumidor passa a ser dono de seus dados e pode permitir que uma instituição acesse seu histórico bancário, por exemplo. Isso pula algumas etapas na análise de crédito e pode proporcionar taxas ainda mais baratas. A ideia é que depois o modelo se estenda para outros produtos financeiros, como investimentos e seguros.

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS