A Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal deflagram nesta quinta-feira (30) uma operação em endereços ligados a Francisco Emerson Maximiano, do dono da Global Gestão em Saúde e também da Precisa Medicamentos, que está sob apuração na CPI da Covid no Senado sob a suspeita de irregularidades na negociação para compra da vacina indiana Covaxin pelo governo Jair Bolsonaro.
A ação desta quinta, contudo, não está relacionada com as investigações da comissão, mas têm relação com um suposto esquema de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes políticos em troca de apoio na contratação de empresas pertencentes aos investigados por empresas públicas do governo federal.
Um grupo com cerca de dez integrantes da PF e Receita Federal chegou pouco depois das 6h ao prédio da Global e da Precisa, na área nobre comercial da cidade de Barueri, na Grande São Paulo, para cumprir mandados de busca e apreensão.
Ao todo, são oito cumpridos oito ordens judiciais, expedidas pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, na Grande São Paulo e na cidade de Passos, Minas Gerais.
Modus operandi
Segundo a Polícia Federal, o grupo investigado simulou várias operações comerciais e financeiras inexistentes para desviar dinheiro de empresas que atuam na área de medicamentos à empresas de fachada. O dinheiro em espécie gerado por meio dessas operações eram usados para o pagamento de propina a agentes políticos em troca de favorecimento na contratação das empresas por estatais.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operação de instituição financeira sem autorização.