As vendas nos shopping centers devem ter um aumento médio de 18% no Dia das Crianças, em relação a 2020, de acordo com a pesquisa realizada pela Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). O levantamento, feito entre os dias 23 de setembro e 4 de outubro, prevê que a data movimentará um montante de R$ 4,4 bilhões no setor.
As expectativas dos shoppings em relação ao volume de vendas registrado antes da pandemia ainda são de queda, da ordem de 13%. Por outro lado, existe no setor um otimismo maior em relação às datas comemorativas anteriores. Para o Dia das mães, a expectativa era de uma redução da ordem de 19% sobre a base de 2019; para o Dia dos Namorados, a queda esperada era de 23%; e para o Dia dos Pais, de 15%.
VACINAÇÃO
O avanço da vacinação contra a Covid-19, acompanhada da melhoria do quadro pandêmico, devem estimular um aumento de 25% no fluxo de pessoas nos centros comerciais, projeta a Abrasce. Como efeito, os lojistas também esperam uma alta de 6,4% no ticket médio gasto em compras, saltando de R$ 188, em 2020, para R$ 200 este ano.
Segundo a pesquisa, quanto aos canais de vendas preferidos pelos clientes, as vendas online apareceram pela primeira vez como a opção mais citada desde o início da pandemia (61%), seguida de delivery (60%) que se manteve entre os canais mais citados. Curiosamente há uma tendência de redução gradual do drive-thru (retirada de mercadoria nas lojas). Esta modalidade foi muito utilizada ao longo da pandemia.
4º TRIMESTRE
O Dia das Crianças também marca o início do planejamento de muitos varejistas para a Black Friday e para as vendas de fim de ano. No levantamento da Abrasce, 36% deles esperam aumento na contratação de trabalhadores temporários, em relação a 2019, e 74% apostam na elevação sobre o contingente de 2020; além da admissão de 98 mil trabalhadores temporários, o que representa um acréscimo de 10% no quadro de funcionários do setor.
O Natal representará a maior parcela destas contratações, atingindo 60% do total. A Black Friday, por sua vez, será responsável por 40% das contratações de temporários previstas para o 4º Trimestre de 2021.
NATAL
Glauco Humai, presidente da Abrasce, acredita que o otimismo do setor se confirmará no último trimestre do ano, com a retomada das vendas aos períodos anteriores à pandemia, devido ao trabalho intenso feito pelos shoppings para que os consumidores frequentem os espaços com cada vez mais segurança sanitária. "A cada pesquisa que fazemos constatamos que os consumidores estão se sentindo mais seguros para fazer suas compras e retomar hábitos como o de frequentar shoppings, ainda que com toda a cautela necessária. Esse resultado encoraja os empreendedores e os deixam mais otimistas quanto à retomada do setor como um todo", finaliza.
Vendas do comércio em Pernambuco continuam em queda e tiveram o pior resultado do ano em agosto, diz IBGE
Desde março, vendas do comércio não apresentavam resultado tão negativo, com queda de 2,6% em Pernambuco. Resultado do Estado também foi o pior do Noedeste
As vendas do varejo em Pernambuco continuam em queda. Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (6), o setor registrou queda de 2,6% em agosto, na comparação com o mês anterior. Foi o pior desempenho da atividade desde março deste ano. A performance estadual foi a pior do Nordeste, mas ainda foi superior a do Brasil, que apresentou queda de 3,1%. No País, de todos os Estados pesquisados, apenas três tiveram resultado positivo.
Já na comparação entre agosto de 2021 e o mesmo período de 2020, houve queda de 7,8% no volume do varejo em Pernambuco, superior à média nacional (-4,1%). Por outro lado, a variação acumulada no ano foi positiva, de 7,5%, maior do que o percentual alcançado pelo Brasil (5,1%). A variação acumulada de 12 meses teve resultado semelhante, com avanço de 7,4% no estado contra um aumento de 5% no País.
MENOS PIOR
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, os índices foram mais favoráveis. Pernambuco teve uma queda de 1% nas vendas em agosto frente ao mês anterior, mas a queda no Brasil foi mais acentuada, de 2,5%. Entre julho de 2021 e o mesmo período de 2020, no entanto, o país manteve a estabilidade, enquanto o estado contabilizou um aumento de 9,3%. Na variação acumulada do ano, o avanço em PE foi ainda maior: 32,2%, contra 9,8% na média brasileira. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta de Pernambuco foi de 18%; já a alta no Brasil foi de 8%.
Das 13 atividades varejistas e suas subdivisões investigadas pela Pesquisa Mensal do Comércio, cinco tiveram alta em agosto de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Veículos, motocicletas, partes e peças tiveram o maior crescimento, de 64,2%, e ajudaram a melhorar o índice geral do comércio varejista ampliado. Os outros segmentos com variação positiva foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (24,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (8,2%), Tecidos, vestuário e calçados (5,7%) e Combustíveis e lubrificantes (5,6%). A maior queda ficou por conta dos eletrodomésticos, com retração de 31,4%.
“As quedas mais expressivas foram as que tiveram algum crescimento ano passado por conta do distanciamento social e adaptação ao trabalho remoto. As altas, em movimento contrário, refletem a recuperação de atividades que sofreram bastante durante a pandemia. Um outro componente que contribuiu com a queda nas vendas é a inflação. Com menos renda disponível, a população está priorizando o consumo de itens essenciais”, explica a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.
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