O salário mínimo em agosto deveria ter sido de R$ 5.657,66, ou 5,14 vezes o piso em vigor, de R$ 1.100,00. É o que apontam dados relacionados ao custo de vida no Brasil divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo o Dieese, já em agosto, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.583,90, ou 5,08 vezes o salário em vigor.
O cálculo leva em consideração a cesta básica mais cara que, em setembro, foi a de São Paulo, com R$ 673,45. Na sequência da lista aparecem Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06), com Salvador (R$ 478,86) apresentando o menor valor.
No Recife, houve um recuo de -0,42%, que resultou numa queda de R$ 2,06. O valor da cesta básica no Recife ficou em R$ 489,40. O recifense gastou 48,10% do salário mínimo líquido em setembro último para comprar os produtos da cesta para uma pessoa adulta.
Além disso, para chegar à estimativa, o departamento toma por base uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
Alta geral
Ao comparar setembro de 2020 e setembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Brasília (38,56%), Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).
Nos primeiros nove meses de 2021, 16 capitais acumularam alta, com taxas entre 0,19%, em Aracaju, e 13,05%, em Curitiba. Somente Salvador apresentou ligeira queda de -0,05%.