Em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, na manhã desta quinta-feira (7), o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, defendeu que o Brasil tem uma vocação para receber cruzeiros marítimos e, portanto, não poderia “ficar ao largo” de nações da América Latina e da Europa quando se trata desta modalidade turística.
“[Em relação aos cruzeiros,] nós não podemos prometer nada, porque somos de fazer. Quando ninguém esperava, nós liberamos os navios de cruzeiros para o Brasil. O presidente Bolsonaro determinou a liberação. Não é possível que nós, com a vocação que temos para cruzeiros marítimos, fiquemos ao largo do Caribe, da Croácia e até da Argentina e Chile”, afirmou Machado Neto.
O titular da pasta do Turismo classificou ainda como "inadmissível" que o Nordeste brasileiro, que segundo ele é a “Meca mundial dos cruzeiros", receba poucas embarcações. “Eu acho que o Nordeste teria que ter navios perenemente. Nós temos vocação para isso. Temos água quente o ano todo”, argumentou o ministro.
“O Caribe hoje está fechado, porque começou a estação de furacão dele. Nós não temos isso. Eu não tenho dúvida que Recife tem uma vocação monstruosa, como também Porto de Galinhas, lá em Suape”, emendou, reforçando sua visão de que o Nordeste equivale à “Meca dos cruzeiros”.
Gilson Machado disse ainda que, no que se refere a atracamentos de cruzeiros, o Brasil está à deriva na comparação com outros destinos. “Neste ano, teremos apenas sete navios. Isso é muito pouco. O Brasil tem condições de ter 50 navios. O potencial que nós temos para cruzeiro marítimo, nenhum país tem. Não apenas pelo temos, mas pelo que não temos, que são desastres naturais, como furacões”, pontuou.
Suspensos no país desde o início da pandemia de covid-19, os cruzeiros marítimos retornarão à costa brasileira em novembro, anunciou no último sábado (2) à noite o Ministério do Turismo. Em nota, a pasta informou que uma portaria será assinada nos próximos dias.
Após a publicação da portaria, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editará uma norma com os protocolos sanitários. As viagens também deverão respeitar as regras das cidades onde os navios atracarem.
Entre os protocolos a serem definidos pela Anvisa, estão a realização de testes antes do embarque em todos os passageiros, vacinação e testagem dos tripulantes, uso de máscaras, distanciamento, ocupação reduzida nos navios, desinfecção e higienização constantes nas embarcações e fornecimento de ar fresco sem recirculação (nos moldes dos filtros especiais dos aviões).
A liberação dos cruzeiros ocorre três semanas depois de a Anvisa ter se posicionado contra a medida. Em 10 de setembro, a agência havia informado que as evidências sanitárias e epidemiológicas ainda não apontavam a retomada dos cruzeiros como ação segura. Naquele momento, não havia previsão de uma nova reavaliação da medida.
Segundo o Ministério do Turismo, a autorização para a temporada de cruzeiros 2021/2022 envolveu a aprovação conjunta de medidas dos Ministérios da Saúde, da Justiça, da Infraestrutura, da Casa Civil e da Presidência da República. A expectativa, informou o governo, é gerar R$ 2,5 bilhões para a economia e criar 35 mil empregos, o que representaria crescimento de 11% em relação à temporada 2019/2020.
Para a temporada de cruzeiros 2021/2022, que vai de novembro até abril do próximo ano, estão previstos sete navios, informou o Ministério do Turismo. As embarcações devem ofertar mais de 566 mil leitos, 35 mil a mais que na temporada 2019/2020, e farão cerca de 130 roteiros e 570 escalas em portos brasileiros. Entre os destinos previstos, estão Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Maceió, Porto Belo, Recife e Ubatuba.
Por meio de um vídeo gravado nos Emirados Árabes Unidos, onde participa da Expo Dubai 2020, o ministro do Turismo, Gilson Machado, comentou a liberação dos cruzeiros.
“A temporada está autorizada pelo governo. O presidente Bolsonaro determinou empenho total para que conseguíssemos liberar, porque os navios geram em torno de 42 mil empregos no Brasil, entre diretos e indiretos. Teremos uma temporada belíssima este ano”, declarou Machado.
Recife deve ser a capital do Nordeste que irá ter conexão com Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, segundo o ministro do Turismo, Gilson Machado. A informação foi dita pelo chefe da pasta nesta terça-feira (5), através de uma postagem no Instagram, onde aparece ao lado do presidente da Emirates Airlines, o sheik Ahmed bin Seed Al Maktoum.
"Pessoal, depois de uma reunião muito produtiva em Dubai, com o presidente da Emirates, o sheik Ahmed bin Seed Al Maktoum, estamos trabalhando para anunciar em breve que o Brasil vai receber novos voos dessa que é uma das maiores companhias aéreas do mundo. O sheik sinalizou que nosso país deve ter uma conexão entre Dubai e o nordeste brasileiro, provavelmente Recife. Uma notícia excelente para nosso turismo e economia!", escreveu o ministro.
Machado está em Dubai participando de uma feira, a Expo Dubai. Segundo ele, o encontro foi para tratar tratar da possibilidade de a empresa operar voos internos no Brasil.
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"Falei do nosso potencial para o turismo, da verticalidade da nosso território, com possibilidade de neve no Sul e calor de 35º C no Nordeste, e reforcei que o País da gente é espetacular não apenas pelas maravilhas que tem, mas pelo que não tem: furacão, terremoto, excesso de sargaço nas nossas praias", completou.
Ainda segundo Machado, o Brasil será um dos países "mais procurados para o turismo no pós-pandemia". "Estamos preparados para receber investimentos internacionais e gerar emprego e desenvolvimento para a população", disse . Atualmente, a Emirates opera no País no Rio de Janeiro e em São Paulo
Pernambucano, o ministro do Turismo volta a Pernambuco no próximo dia 8 de outubro, ao Recife, para participar da 28ª edição do Agrinordeste, que ocorre de 06 a 08 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco. O evento é consolidado como o maior evento indoor do agronegócio no Norte e Nordeste.