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Como fazer meu Pix?

Lançado oficialmente pelo Banco Central em novembro de 2020, o Pix libera uma nova modalidade nesta sexta-feira (29)

Cadastrado por

Bruna Oliveira, Cássio Oliveira

Publicado em 28/10/2021 às 8:19 | Atualizado em 28/10/2021 às 11:53
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro. - Marcello Casal JrAgência Brasil

Lançado oficialmente pelo Banco Central em novembro de 2020, o Pix é tão utilizado pelos brasileiros, que já disputa com dinheiro e cartão de débito o posto de primeira forma de pagamento, de acordo com pesquisa feita pela Zetta em parceria com o Datafolha, divulgada em setembro deste ano. Apesar da grande popularidade, muitos ainda não sabem utilizar o meio de pagamento. Afinal, como o usuário pode fazer seu Pix?

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Prático, rápido e seguro, a forma de pagamento pode ser realizada a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. Para isso, o usuário deve acessar o aplicativo bancário ou internet banking e cadastrar uma chave associada a este método. Com ela, será possível localizar o destinatário do pagamento sem que seja necessário fornecer outros dados de identificação.

As chaves utilizadas podem ser o Cadastro de Pessoa Física (CPF), Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), número de celular, e-mail ou um código gerado especificamente para o Pix (EVP); este último permite a geração de códigos de barra do tipo QR Code. 

Nova modalidade do sistema de pagamento disponível nesta sexta

A terceira fase do Open Banking, que marca sua convergência ao sistema de transferências instantâneas Pix, deve estar disponível aos usuários nesta sexta-feira (29).

Esta fase seria inicialmente lançada no último mês de agosto, mas foi adiada pelo Banco Central após um acordo com bancos e fintechs.

A grande novidade é a possibilidade de o consumidor, caso queira fazer um pagamento por meio de uma loja virtual, não precisar mais copiar os dados de um QR Code, sair da plataforma e acessar o aplicativo do seu banco para enviar um PIX.

Com as mudanças, o vendedor, por exemplo, será autorizado a fazer a intermediação diretamente entre a conta do cliente e a do seu estabelecimento.

Isso será possível com o ITP (Iniciador de Transação de Pagamento) ou PISP (sigla em inglês Payment Initiation Service Provider).

Os iniciadores de pagamentos nada mais são que empresas, reguladas pelo Banco Central, que poderão iniciar transferências e pagamentos para os clientes, de forma que não será necessário abrir o app do banco para fazer um PIX. Essa figura foi criada em outubro do ano passado pelo BC.

A iniciação de pagamentos existe no Brasil desde outubro do ano passado e é a função que possibilita pagamentos por redes sociais ou aplicativos de mensagens usando cartões de débito, por exemplo. O WhatsApp foi aprovado como iniciador de pagamentos neste ano.

A diferença é que agora esse iniciador de pagamentos poderá fazer transações oferecendo o PIX como uma opção. O PIX, como é atualmente, não deixa de existir. A experiência utilizando o ITP é completamente opcional por parte do usuário, que vai decidir o meio pelo qual vai movimentar o seu dinheiro.

A função do ITP é somente estabelecer a conexão entre o pagador e a instituição provedora da conta do cliente. O dinheiro não passa pelo iniciador de pagamentos no caminho entre a conta pagadora e a conta recebedora. O cliente pode saber se o iniciador é efetivamente habilitado para o serviço acessando o site do Banco Central.

Um exemplo é um pedido feito no aplicativo de delivery iFood. Atualmente, para um pagamento via Pix, o usuário que deseje pagar neste formato recebe a chave Pix, um código ou QR Code e precisa sair do aplicativo do iFood, acessar a conta bancária e realizar a transação com os dados.

Com a entrada da terceira fase do Open Banking, no próprio aplicativo de delivery, por exemplo, a transação será feita. Bastando a autorização do usuário, sem precisar sair de um aplicativo para outro. Longe dos olhos do usuário, a autorização do pagamento segue sendo feita pela instituição financeira na qual ele tem conta, o que continua garantindo a segurança da transação.

“A preocupação de segurança sempre foi um pilar no âmbito do PIX. A autenticação é sempre no PSP (Prestador de Serviço de Pagamento), no qual a pessoa tem conta. Ainda que esse iniciador facilite o processo de iniciação, quem vai autenticar seu pagamento é a instituição financeira na qual a pessoa tem conta. Isso faz com que a gente tenha uma dinâmica de segurança extremamente elevada e preservada com a chegada dos iniciadores de pagamento”, explicou Carlos Brandt, chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem), do Banco Central, em entrevista coletiva, realizada em julho, quando o serviço foi anunciado.

Facilidade

Com o serviço de ITP, o número de etapas necessárias até a conclusão do pagamento em uma loja virtual com o PIX cai de sete, em média, para apenas três, de acordo com o Banco Central.

“O iniciador tem esse papel de facilitar todo esse processo e pagamento, ou seja, ele torna a experiência de pagamento muito mais fluida, tanto no âmbito do comércio eletrônico quanto em outros ambientes que você esteja, como em um aplicativo de mensagens”, afirmou Brandt.

Um aplicativo de mensagens como o WhatsApp poderá ser um iniciador de pagamento. O usuário poderá fazer um apagamento como se estivesse enviando uma foto ou um áudio para um amigo sem sair do ambiente do aplicativo. Não será necessário fazer login inicial, apenas autenticar. Tudo isso é redirecionado automaticamente. “Para o usuário pagador, o processo fica muito mais simples. O mesmo acontece no momento da compra por meio do comércio eletrônico”, afirmou Breno Lobo, chefe de subunidade do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, também na coletiva.

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Calendário de implementação

A terceira fase vai ser dividida em quatro etapas principais, e ainda não há informações sobre subdivisões em cada uma dessas etapas. Veja abaixo as datas definidas, por enquanto:

29/10/21 – Pagamento com PIX

15/02/22 – Pagamentos com TED e transferência entre contas na mesma instituição

30/06/22 – Pagamento de boletos

30/09/22 – Pagamentos com débito em conta

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