A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) anunciou a licitação para o novo arrendamento do Terminal de Granéis Sólidos do Porto de Suape, em Ipojuca. O investimento estimado é de R$ 59,8 milhões e o leilão vai acontecer na B3 (bolsa de valores), em São Paulo, no dia 30 de março deste ano. A Antaq espera que o contrato seja fechado ainda este ano para iniciar as operações em 2024. O prazo contratual será de 25 anos. Atualmente, o terminal está sob contrato de transição com a empresa M&G São Caetano. Foi ela quem assumiu o espaço depois que a Agrovia do Nordeste - braço da Odebrecht Transporte - entregou o terminal em setembro de 2019.
Localizado na retroárea do Cais 5, em um espaço de 72 mil metros quadrados, o terminal será destinado à movimentação de coque de petróleo, açúcar ensacado, outros granéis vegetais e minerais, além de carga geral. O valor mínimo de outorga será de R$ 1,00. As empresas interessadas podem ter acesso ao edital e os anexos nos sites do Ministério da Infraestrutura (www.gov.br/infraestrutura) e Antaq (https://www.gov.br/antaq/pt-br/assuntos/leiloes).
A área está localizada no porto interno de Suape, na margem oposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). A Antaq estabeleceu que a futura arrendatária deverá realizar investimentos para que o terminal seja dotado de capacidade estática mínima total de 12 mil toneladas. Além disso, deverá adquirir sistemas de recepção rodoviária, sistema transportador de correias e equipamentos equivalentes para garantir a produtividade (prancha média geral) de 549 t/h (toneladas por hora) e 128 t/h, para a movimentação de coque de petróleo e açúcar ensacado, respectivamente.
“Com este novo arrendamento, Suape vai dar um passo importante para diversificação de cargas e aumento significativo na movimentação portuária. O porto terá incremento na exportação e importação de vários tipos de granéis sólidos. É um investimento importante, que vai gerar novos negócios para o porto e empregos para a região. Esse processo também faz parte do nosso projeto de modernização dos cais e píeres, em curso desde o ano passado", pontua o diretor-presidente da estatal, Roberto Gusmão.
Regularizado e cumprindo todas as exigências de licenciamento ambiental, o TGSS está apto ao armazenamento de açúcar e granéis diversos, como soja, farelo de soja, trigo, milho, malte, cevada, arroz, feijão, farinha, cereais, coque de petróleo e fertilizantes, por meio da operação do shiploader, equipamento portuário utilizado no transporte de granéis dos armazéns para os navios.
O terminal está operando desde junho de 2021. O espaço foi ofertado para contratação sob o regime de transição depois da devolução da área pela Agrovia do Nordeste e da autorização da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA). A M&G São Caetano participou do chamamento público em 2020 e ofereceu o maior preço do certame transitório. O terminal tem capacidade para movimentar de 500 a 600 mil toneladas de carga por ano. Caso tenha a intenção de continuar a explorar o espaço, a empresa terá que participar e vencer o leilão do próximo dia 30. O contrato de transição tem duração até a conclusão do processo licitatório do arrendamento definitivo pela Antaq.
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