O bairro do Recife passará a contar com o seu primeiro coliving (empreendimento imobiliário de moradia compartilhada), com 225 apartamentos exclusivos para locação, por diária, períodos curtos e longas temporadas. A Yolo Coliving irá aportar R$ 55 milhões na construção do prédio, entre a avenida Cais do Apolo e a Rua do Brum, no projeto que contempla uma área total privatiza de 7 mil m², sendo 3.479 m² de área construída.
O empreendimento diferencia-se pelo novo modelo de negócio na locação de imóveis, que envolve uma ampla cartela de serviços e um aplicativo de gestão, promovendo aos moradores além do usufruto das áreas comuns, acesso a serviços de demanda coletiva, como compartilhamento de bicicletas, atividades físicas coletivas, gastronomia e correlatos.
No caso do Yolo Porto Digital a ideia é atrair o público de Millennials (nascidos de 1981 1995), parcela significativa de trabalhadores das empresas do Porto Digital, para moradia por demanda em imóveis de 25 m² com quarto, banheiro e salas privativas.
Nas áreas comuns, haverá lavanderia, cozinha coletiva, piscina, churrasqueira, salão de jogos, área de estar, sala de leitura, coworking e academia de ginástica, além de 14 lojas no térreo, promovendo o maior convívio com o bairro do Recife.
"Passamos a ter um bairro de vida diurna, mas a gente acredita que temos e atrair moradores para o Recife Antigo", diz um dos fundadores do projeto, Yves Nogueira.
Os planos de locação são divididos em diárias, curtas estadias (alguns dias ou semana) e longa estadia (pensado em locação mensal). No caso da última opção, o aluguel estimado deve ficar na faixa entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, com inclusão da locação, o condomínio, o IPTU, água, luz, Wi-Fi, enxoval e limpeza.
Os demais valores ainda seguem sendo formatados, assim como o início das obras, que estão sob escrutínio da prefeitura do Recife, com previsão de serem iniciadas ainda no segundo semestre deste ano. A previsão de entrega é de dois anos.
O negócio
Dos R$ 55 milhões a serem investidos na construção, soluções tecnológicos e gestão do empreendimentos, R$ 43 milhões virão de captações feitas no mercado (cerca de 80%), os 20% restantes serão recursos próprios. A expectativa é que sejam gerados de 250 a 300 empregos diretos somente com o projeto-piloto.
Dos R$ 43 milhões, os sócios Italo, Diogo e Yves Nogueira contam com a ajuda da Multinvest Capital, com cheques-mínimos e R$ 1,5 milhão. Em outra ponta, os sócios também estão enquadrando o projeto em linhas financiáveis do Banco do Nordeste.
A ideia é que, a partir do Recife, haja uma segunda unidade em operação na capital, depois outra em Fortaleza e mais uma em Salvador. A ideia é ampliar o número de Yolo pelo País à medida em que são realizadas rodadas de captação mais robustas, mantendo unidades próprias e garantindo aos investidores investidores a distribuição de dividendos, remunerados a partir do que irá evoluir para uma espécie de fundo imobiliário, mediante a valorização da Proptech Yolo.
“Nossa plataforma vai cuidar de toda a jornada da estadia - antes, durante e depois -, garantindo a melhor e mais completa experiência em moradia para nosso público”, acrescenta Diogo Nogueira, CEO da nova empresa e também da Fundamento Incorporações.
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