IPCA

Inflação fica em 1,06% em abril, maior para o mês desde 1996

Alimentação e bebidas e Transportes foram os dois grupos que mais contribuíram com o IPCA de abril

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Ana Maria Miranda

Publicado em 11/05/2022 às 9:57
A inflação de janeiro foi puxada pelos alimentos, ainda que a alta desses preços tenha tido desaceleração ante dezembro - ILUSTRATIVA/DAY SANTOS/JC IMAGEM
Com informações do Estadão Conteúdo
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de abril com alta de 1,06%. Em março, o avanço foi de 1,62%. As informações foram divulgadas na manhã nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma alta entre 0,83% e 1,24%, com mediana positiva de 1,00%. Apesar de ter desacelerado com relação a março, a inflação de abril de 2022 é a maior para o mês desde 1996.
De acordo com o IBGE, a taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 4,29%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 12,13%, dentro das projeções dos analistas, que iam de 11,60% a 12,33%, com mediana de 12,06%.

Grupos pesquisados

De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em abril. Alimentação e bebidas tiveram a maior variação (2,06%) e o maior impacto (0,43 p.p.). Na sequência, estão os Transportes (1,91% e 0,42 p.p. de impacto).
Os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril. Houve ainda aceleração em Saúde e cuidados pessoais (1,77%) e Artigos de residência (1,53%). Vestuário ficou em 1,26% e Educação, 0,06%. O único grupo que registrou queda foi o de Habitação (-1,14%).
Segundo o IBGE, o resultado do grupo de Alimentação e bebidas foi influenciado pela alta nos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Dentro do grupo, a maior contribuição foi do leite longa vida, cujos preços subiram 10,31% em abril.
Outros itens importantes da cesta de consumo dos brasileiros também tiveram alta: batata-inglesa (18,28%), tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e carnes (1,02%). Fora do domicílio, a refeição subiu 0,42%, já o lanche, 0,98%.
A alta no grupo de Transportes foi influenciada, principalmente, pelo preço dos combustíveis (3,20% e 0,25 p.p.). A gasolina subiu 2,48% e exerceu impacto de 0,17 p.p. no índice do mês. Também houve altas nos valores do etanol (8,44%), óleo diesel (4,74%) e gás veicular (0,24%).
A variação negativa do grupo de Habitação foi puxada pela queda nos preços da energia elétrica (-6,27%). Desde 16 de abril, passou a vigorar a bandeira tarifária verde, sem cobrança extra na conta de luz. Antes, a bandeira Escassez Hídrica adicionava R$ 14,20 a cada 100Kwh consumidos. Por outro lado, houve altas no gás de botijão (3,32%) e no gás encanado (1,38%).
Para o cálculo do IPCA deste mês, foram comparados os preços coletados entre 31 de março e 29 de abril de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 26 de fevereiro a 30 de março de 2022 (base).

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