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Companhias áreas apresentam melhor resultado para um trimestre entre janeiro e março de 2022

Empresas foram afetadas fortemente pela pandemia da covid-19

Cadastrado por

Ana Maria Miranda

Publicado em 12/05/2022 às 12:31
Azul teve lucro líquido de R$ 2,6 bilhões no primeiro trimestre de 2022 - ALEXANDRE GONDIM/JC IMAGEM

Após um longo período fortemente impactadas pelas medidas de restrição devido à pandemia da covid-19, as companhias aéreas que atuam no Brasil seguem reagindo.

No primeiro trimestre de 2022, a Gol e a Azul apresentaram o melhor resultado em três meses desde o início da pandemia. A Gol e a Azul tiveram R$ 2,6 bilhões de lucro líquido cada, entre janeiro e março deste ano.

De acordo com a Gol, o número de passageiros transportados pela companhia cresceu 49,5%, para 6,7 milhões, equivalente a 73,4% do registrado no primeiro trimestre de 2019 (pré-pandemia).

A companhia informou que as vendas no primeiro trimestre de 2022 superaram o mesmo período de 2019, quando ainda não havia pandemia.

No caso da Azul, houve recorde histórico de receitas do primeiro trimestre em 2022. O resultado foi o terceiro positivo das duas companhias aéreas desde março de 2020.

Latam

A Latam, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, conseguiu reduzir o prejuízo do fim de 2021. No primeiro trimestre de 2022, o prejuízo foi de R$ 1,7 bilhão. No último trimestre de 2021, esse valor era de R$ 15,1 bilhões.

A Gol, a Azul e a Latam representam 99,6% do mercado doméstico brasileiro. No mercado internacional de transporte de passageiros, o percentual de participação é de 23,9%.

Transporte aéreo de passageiros puxa alta de serviços em março

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços no País cresceu 1,7% em março, na comparação com fevereiro.

Os serviços também estão 7,2% acima do patamar de fevereiro de 2020, ou seja, do período pré-pandemia de covid-19. Na comparação com março de 2021, o setor registrou alta de 11,4%.

Segundo o IBGE, a alta em março foi puxada pelo setor de transportes. O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, disse que os transportes rodoviário de cargas e aéreo de passageiros foram os que mais influenciaram a alta.

"Dentre os setores que mais influenciaram a alta dessa atividade está o rodoviário de cargas, especialmente o vinculado ao comércio eletrônico e ao agronegócio. É a principal modalidade de transporte de carga pelas cidades brasileiras e seu uso ficou ainda mais acentuado após os meses mais cruciais da pandemia. Outra influência foi o transporte aéreo de passageiro, não só por conta do aumento do fluxo de passageiros, o que gerou maiores receitas das companhias aéreas, mas também porque foi ajudado pela queda do preço das passagens aéreas observadas no mês de março", explicou.

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