Novo valor do Auxílio Brasil não compra a cesta básica no Recife. Preço em julho alcançou R$ R$ 613; puxado pelo leite

Valor do Auxílio Brasil vai aumentar neste mês de agosto de R$ 400 para R$ 600, mas já não é suficiente para adquirir todos os itens da cesta básica no Recife, que foi vendida em junho por R$ 613,63
Adriana Guarda
Publicado em 05/08/2022 às 13:15
PREÇOS Leite continua sendo responsável por contribuir para elevar o preço da cesta básica. Em julho de 2022, alta do produto foi de 20,82% Foto: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM


O Auxílio Brasil de R$ 600 ainda nem foi pago à população e já se desvalorizou. No Recife, o valor não é mais suficiente para comprar a cesta básica. Nesta sexta-feira (5), o Dieese anunciou que o preço dos doze produtos que compõem a cesta ultrapassou os R$ 600 pela primeira vez, fechando em R$ 613,63 em julho. 

Com esse valor, Recife ingressa na lista das 13 das 17 capitais brasileiras acompanhadas pelo Dieese, onde  o valor da cesta ultrapassou os R$ 600. As que se mantêm abaixo desse limite são Natal, Salvador, João Pessoa e Aracajú.

No caso do Recife, a sensação de que encher o carrinho de compras está cada vez mais difícil é real. Pelos dados do Dieese, desde o início do ano, o valor da cesta não parou de subir. Passou de R$ 532,37 em janeiro para R$ 613,63 em julho, um acréscimo superior a R$ 80,00.

Cesta básica do Recife teve maior alta do Brasil

O Recife foi a capital que apresentou a maior alta da cesta básica no País nos sete primeiros meses de 2022, com taxa de 15,83%. O impacto negativo acima da média nacional também se repete em 12 meses, com taxa de 26,46%. 

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Entre junho e julho, o leite (20,82%) foi o campeão no aumento dos preços, junto com outros sete produtos que compõem a cesta no Recife: a manteiga (5,30%), a farinha de mandioca (4,39%), a banana (3,73%), o pão francês (1,77%), o açúcar (1,04%), o feijão (0,96%) e o café (0,85%).

Dentre os poucos itens que reduziram os preços estão: o tomate (-6,78%), a carne (- 0,49%), o arroz (-0,33%) e o óleo de soja (-0,26%).

Nos primeiros sete meses de 2022, apenas o arroz apresentou declínio no preço médio, -3,25 %. As elevações ocorreram para o leite (42,86%), o tomate (38,29%), o feijão (34,67%), a farinha de mandioca (28,57%), o café (26,36%), a banana (23,16%), o óleo de soja (20,19%), o açúcar (17,31%), a manteiga (15,85%), o pão (3,51%) e a carne (1,24%).

Em relação a julho de 2021, onze itens apresentaram aumento: o tomate (117,73%), o café (88,87%), o leite (52,22%), a banana (46,73%), o açúcar (35,93%), a farinha de mandioca (35,62%), a manteiga (28,89%), o óleo de soja(22,86%), o feijão (22,45%), o pão francês (5,61%) e a carne (1,53%). Apenas o arroz registrou declínio no preço médio o arroz (-4,45%).

Cesta básica no Brasil

Apesar da alta no Recife, em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, o valor da cesta básica diminuiu. Entre junho e julho, as reduções mais expressivas ocorreram em Natal (-3,96%), João Pessoa (-2,40%), Fortaleza (-2,37%) e São Paulo (-2,13%). Sete cidades tiveram alta: Vitória (1,14%), Salvador (0,98%), Brasília (0,80%), Recife (0,70%), Campo Grande (0,62%), Belo Horizonte (0,51%) e Belém (0,14%). 

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 760,45), seguida por Florianópolis (R$ 753,73), Porto Alegre (R$ 752,84) e Rio de Janeiro (R$ 723,75). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 542,50), João Pessoa (R$ 572,63) e Salvador (R$ 586,54).

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