Com informações da Agência Estadão
Enquanto o governo Federal defende a criação de uma moeda comum para transações comerciais entre o Brasil e a Argentina, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acredita que a internacionalização do Pix entre países da América Latina poderia cumprir este papel.
Segundo informações divulgadas pela Agência Estadão, Campos Neto afirmou, durante uma palestra no evento IDP Summit, em Brasília, nesta segunda-feira (27), que o Pix é uma forma de integrar um bloco econômico regional sem falar de uma moeda comum entre eles.
Entenda nesta matéria:
CRIAÇÃO DE UMA MOEDA ÚNICA PARA OS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA
A ideia de criar uma moeda única para o Brasil e a Argentina foi alvo de críticas em razão da crise econômica que a Argentina enfrenta.
Em janeiro, durante uma visita ao país vizinho, o presidente da República, Lula (PT), defendeu a incorporação do mecanismo para aprofundar o vínculo entre as duas nações.
USO DO PIX PARA MOVIMENTAR O MERCADO INTERNACIONAL
Na palestra desta segunda-feira, Campos Neto revelou que outros países como Uruguai, Colômbia, Peru e Equador já fizeram reuniões bilaterais com Brasil para tratar sobre a integração do Pix.
INOVAÇÕES DO BANCO CENTRAL
Na palestra que tratava sobre inovações no sistema financeiro e avanços tecnológicos, o presidente do Banco Central fez uma breve fala sobre as conquistas do Open Finance e do Pix.
Criptoativos
O presidente do BC avaliou que o grande debate em relação aos criptoativos é saber se há migração para uma economia tokenizada, com extração de valor a partir de um ativo de forma digital.
Moeda digital do BC
Segundo Campos Neto, a moeda digital do Banco Central do Brasil (CBDC) será lançada no próximo mês e é diferente de outras moedas no mundo, já que visa fomentar negócios no País.
O presidente do BC acredita que a moeda não precisará de nova regulação e será feita a partir de tokenização de depósitos.
O Brasil será um dos primeiros países a ter um piloto da moeda digital, o Real digital.