A taxa de desemprego caiu de 7,7% no trimestre terminado em setembro para 7,6% no trimestre encerrado em outubro, menor resultado desde fevereiro de 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"A força que o mercado de trabalho vem mostrando é reflexo dos dados de atividade econômica, que vieram mais fortes que o esperado no primeiro semestre. Acreditamos que a economia vai desacelerar à frente, mas esse movimento não deve fazer a taxa de desemprego subir de maneira significativa. Nossa previsão é que a taxa fique praticamente estável, em torno de 8% até o final de 2024", estimou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em comentário.
Com o ingresso de 862 mil pessoas no mercado de trabalho no trimestre, a mão de obra ocupada atingiu o recorde de 100,206 milhões de trabalhadores no País. A população desempregada desceu a 8,259 milhões, menor patamar desde abril de 2015.
Além da melhora quantitativa, o mercado de trabalho tem mostrado melhora qualitativa, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, com avanço da renda média e abertura de vagas formais.
"Tudo indica que o mercado de trabalho está expressando as melhorias que têm ocorrido no âmbito das atividades econômicas", resumiu Adriana. A renda média teve alta real de 1,7% (R$ 49) no trimestre até outubro em relação ao trimestre até julho, para R$ 2.999.
Houve abertura de 620 mil vagas com carteira assinada no setor privado no período. Com isso, o total de pessoas registradas subiu a 37,615 milhões, maior contingente desde junho de 2014.