Estado no top 10 da produção de energia solar do País, Pernambuco tem capacidade de gerar mais de 1.900 mil megawatts, conforme dados da ABSOLAR, e recebe uma nova empresa focada na geração compartilhada e remota de energia fotovoltaica. A Lemon Energia promete possibilitar que pequenas empresas acessem energia renovável sem precisar fazer investimentos iniciais com a instalação de placas solares e obras. Ao contratar a tecnologia desenvolvida pela Lemon, os clientes, principalmente micro e pequenas empresas, podem ter uma economia de até 20% gerando sua própria energia, segundo a empresa.
A startup já possibilitou uma economia de R$13,5 milhões e evitou a emissão de 42 mil toneladas de CO2 na geração de eletricidade com seus mais de 10 mil clientes nos últimos quatro anos. A empresa já consolidou operações em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
“A ideia é contribuir para a democratização do acesso à energia renovável para pequenos empreendedores em todo o país. Já atuamos no Sudeste e Centro-Oeste e agora visamos o Nordeste, que conta com estados líderes na produção de energia solar.”, afirma Zé Gustavo, executivo da área de Regulatórios, Políticas Públicas e Comunicação Institucional da Lemon Energia.
O que é geração compartilhada remota?
Esse tipo de produção de energia é baseado em pequenas usinas solares ou de outra fonte limpa (como biogás ou pequenas hidrelétricas), próximas dos locais de consumo, que em vez de comprar e instalar painéis, o consumidor pode "alugar" um pedaço da usina para receber a energia que precisa.
A Lemon conecta essas empresas a créditos gerados pela injeção da energia de usinas solares e, com isso, consegue contribuir para reduzir a emissões de gases que causam o efeito estufa.
Contribuição da GD para acesso à energia renovável a grupos de baixa renda
Além de ser uma solução mais econômica e sustentável para pequenas empresas, a geração compartilhada é mais uma opção que facilita o acesso à energia para a população mais pobre. Segundo levantamento recente do Instituto Pólis, um em cada três brasileiros entre os mais pobres deixam de comprar comida para pagar luz.
O estudo ainda aponta que 36% das famílias gastam metade de sua renda mensal com eletricidade. Fazendo um recorte para renda familiar de até um salário-mínimo, 30% deixam de comprar alimentos básicos como arroz, feijão, café e açúcar, ou reduzem o consumo desses itens, para pagar energia elétrica.
Os dados reforçam a tese defendida pela Lemon de que ampliar a GD compartilhada é um meio de democratizar o acesso à energia solar, uma vez que as pessoas não precisam fazer grandes investimentos. “A modalidade de geração compartilhada, em especial, para pessoas de baixa renda, em suas casas ou em pequenos empreendimentos, permite gerar sua própria energia de modo mais econômico e sustentável”, diz Zé Gustavo.
Lançada em 2019, a Lemon Energia é uma climatech que usa tecnologia e dados para conectar geradores de energia limpa a pequenos e médios empreendedores. A startup recebeu em 2022 uma rodada de investimentos Series A de R$60 milhões, liderada pela Kaszek, principal fundo de venture capital da América Latina, e com participação do Lowercarbon, fundo dedicado a startups de impacto ambiental. Também são investidores da companhia Kevin Efrusy (um dos primeiros investidores do Facebook quando ainda estava à frente da gestora Accel), Ambev e os fundos Canary, Big Bets, Capitale e Norte.