MERCADO DE TRABALHO

Pernambuco tem a maior taxa de desemprego do País no 2º trimestre, mas é a menor do Estado desde 2015

Estado figura como o único do País a manter uma taxa de desemprego de dois dígitos (acima de 10%), enquanto todos os demais estão abaixo desse limite

Cadastrado por

Adriana Guarda

Publicado em 15/08/2024 às 15:43 | Atualizado em 15/08/2024 às 16:04
Desemprego em Pernambuco cai, mas continua atingindo muita gente - © WILSON DIAS-ABR

Pernambuco registrou o maior desemprego do Brasil, no segundo trimestre de 2024, com taxa de 11,5%.  Com o resultado, o Estado figura como o único do País a manter uma taxa de dois dígitos (acima de 10%), enquanto todos os demais estão abaixo desse limite. Apesar de ocupar o primeiro lugar no ranking nacional de desocupação, essa é a menor taxa desde 2015. 

Os resultados estão na PNAD Contínua Trimestral, divulgados nesta quinta-feira (15), pelo IBGE. A taxa de desocupação de 11,5% no 2° trimestre de 2024 significa uma redução de 2,6% em relação ao mesmo trimestre de 2023. Isso representa uma queda de 108 mil pessoas desocupadas no Estado, restando um total de 492 mil pessoas sem emprego. Segundo o IBGE, na comparação com o trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa.

PIOR QUE O BRASIL E O NORDESTE

Com a maior taxa de desemprego do País, Pernambuco está bem acima da média nacional (6,9%) e do Nordeste (9,4%). Já na comparação do desempenho com o próprio Estado, essa é a menor taxa de desocupação desde o 4º trimestre de 2015, quando a taxa havia ficado em 11,1%. A população ocupada estimada em 3.774.000 pessoas, aumentou em 143 mil pessoas, (3,9% em relação ao mesmo período do ano anterior).

Em relação ao trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa. No 2° trimestre de 2024, a taxa composta de subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 26,5%.

DESALENTO CAI 

Já o percentual de desalentados (aquelas pessoas que estavam fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: acreditar que não conseguiria trabalho, não ter experiência, ser muito jovem ou idosa a trabalhar, ou acreditar que não havia trabalho na sua localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga) foi de 5,3% no 2º trimestre de 2024, redução de 1 ponto
percentual em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Trabalho com carteira assinada não avançou em Pernambuco - ABR/ILUSTRATIVA

SEM CARTEIRA ASSINADA

O total de empregados com carteira assinada no setor privado foi estimado em 1.073.000 pessoas e não apresentou variação significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior.

Já o número de empregados sem carteira assinada foi estimado em 659 mil pessoas, um aumento de 138 mil pessoas, (26,5% em relação ao mesmo período do ano anterior). Entretanto, em relação ao trimestre anterior, não houve variação significativa.

INFORMALIDADE CAI, MAS AINDA É ALTA

A taxa de informalidade das pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência para Pernambuco foi de 49,9%, redução em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando 50,2% dos ocupados no Estado estavam no mercado informal. 

RENDIMENTO MÉDIO CRESCE 

Na comparação com o trimestre anterior, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos foi estimado em R$ 2.279,00, variação de 8,5%. Isso significa um aumento de R$ 178,00. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a variação foi de 5,2%. Este resultado é o quarto maior da região Nordeste, atrás de Rio Grande do Norte (R$ 2651,00), Piauí (R$ 2354,00) e Sergipe (R$ 2293,00) e superior à média nordestina de R$ 2.238,00.

 

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