A pandemia do novo coronavírus gera momentos de incertezas em todo mundo e no futebol não é diferente. A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) vem quebrando a cabeça para solucionar alguns problemas, principalmente financeiros com relação à clubes e contratos com patrocinadores.
Mas sem dúvida a maior receita que abastece a entidade e os clubes é vinda da TV que adquire os direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Pernambucano. Por ser a maior receita, essa também acaba sendo a maior preocupação. Em entrevista para a Rádio Jornal, o vice-presidente e diretor de competições da Federação Pernambucana de Futebol, Murilo Falcão, afirmou que o pagamento para o Estadual 2020, já foi realizado, mas que a não realização das 13 partidas previstas nos contratos, podem resultar em um prejuízo às partes envolvidas.
“O pagamento é uma cota única que é paga em fevereiro. Logo quando surgiu a possibilidade de suspensão do campeonato, alguns clubes propuseram a paralisação. E isso era um risco muito grande. Até para um futuro próximo, como em 2021. Primeiro a credibilidade da competição. Segundo, afugentar os patrocinadores, porque a TV pagou pelas 13 datas e não vai ficar satisfeita se for paralisado. Isso vai ter que ser reposto depois e quem vai devolver esse dinheiro? O patrocinador Master que bancava a arbitragem e o VAR. E esse dinheiro? É um negócio que tem que ser pensado. Vamos preservar a vida, mas vamos preservar também os compromissos financeiros e os contratos”, afirmou o diretor.
Com os recentes ocorridos diante do cenário do isolamento social e a possibilidade de não realização dos jogos, Murilo Falcão demonstrou preocupação sobre um possível declínio da TV para campeonatos futuros, mas também relembrou a parceria de anos e acredita que a relação deve ser mantida nos próximos anos.
“Temos um contrato com mais de 30 anos, que entrega para TV uma audiência maior que a audiência de SP devido a proporção de habitantes. É preocupante, mas a parceira a de se renovar”, finalizou.