O Liverpool não fará loucuras durante a janela de transferências para a próxima temporada, afirmou nesta terça-feira o técnico do clube, o alemão Jürgen Klopp, devido à crise econômica ligada à pandemia do coronavírus. Ter conquistado na semana passada o primeiro título de campeão inglês do Liverpool em 30 anos não fará o clube abandonar a serenidade na busca por reforços.
"A COVID-19 influenciou evidentemente nos dois sentidos, nas chegadas e nas saídas, e provavelmente não será a pré-temporada mais agitada do mundo", admitiu Klopp a poucos dias da disputa do clássico da Premier League contra o Manchester City, um duelo que colocará frente a frente campeão e vice. "Talvez um pouco mais tarde no ano, se a janela ainda estiver aberta, saberemos algo mais", declarou o alemão.
"Mas esta equipe... Olhem para ela! Não é um elenco que devemos mudar agora dizendo: 'Está bem, precisamos de alguém nesta posição ou em outra'", analisou. "Não podemos gastar milhões só porque queremos ou porque é legal fazer isso. Nunca desejamos isso", completou Klopp. A última grande compra do Liverpool no mercado foi o goleiro brasileiro Alisson, por quem os Reds desembolsaram 65 milhões de libras (80 milhões de dólares) para tirá-lo da Roma, um recorde para a posição.
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Na última temporada, o Liverpool se reforçou com jovens promessas como Harvey Elliott ou o holandês Sepp van den Berg, assim como com o goleiro reserva espanhol Adrián San Miguel e o meia japonês Takumi Minamino, que custou modestos 9 milhões de dólares. Recentemente, os Reds não aceitaram pagar 60 milhões de euros pelo atacante alemão do RB Leipzig Timo Werner, que acabou indo para o Chelsea.
O principal foco da diretoria do Liverpool nos últimos meses foi ampliar os contratos de suas estrelas. A pressão que o clube sofrerá na próxima temporada, quando terá que defender o título inglês, não preocupa Klopp. "Eu ouvi pessoas dizerem que o verdadeiro desafio é ganhar duas vezes seguidas (o título), mas é algo divertido. É algo claramente inglês", brincou. "Quando eu fui campeão alemão com o Borussia Dortmund em 2011, ninguém me disse que eu tinha que ganhar a qualquer custo uma segunda vez", concluiu.