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Sete anos sem Mané Queiroz: Escrete de Ouro relembra histórias marcantes do eterno plantão esportivo

Há exatos sete anos, a crônica esportiva perdia uma das vozes mais carismáticas do rádio pernambucano

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Filipe Farias

Publicado em 05/01/2021 às 11:49 | Atualizado em 05/01/2021 às 11:49
Mané Queiroz fez história no rádio esportivo. - ACERVO PESSOAL

POR FILIPE FARIAS, DA RÁDIO JORNAL -

Há exatos sete anos, a crônica esportiva perdia uma das vozes mais carismáticas do rádio pernambucano. No dia 5 de janeiro de 2014, Manuel Marciano de Queiroz, o nosso eterno Mané Queiroz, faleceu aos 66 anos após não resistir aos traumatismos ocasionados por um atropelamento de moto, no município de Caruaru - sua cidade natal. Apesar do vazio deixado nos microfones, a lembrança da figura de Mané é só alegria. Mais do que um plantão esportivo, que ao longo dos seus 47 anos de carreira conquistou os torcedores pernambucanos, Mané era um comunicador nato. Com o seu carisma e, principalmente, sua inteligência (era formado em economia e psicologia), ele cativava os ouvintes com extrema facilidade. E nem precisava ser um aficionado por futebol. A saudade de ouvir a voz rouca e marcante de Mané chamando o "Tem gol" durante a jornada esportiva da Rádio Jornal é enorme. Por isso, quem ouviu, não se esquece.



"Mané era uma pessoa muito extrovertida e era o meu irmão mais velho. O irmão mais velho geralmente é o líder, a pessoa que a gente segue, que a gente admira. Tínhamos dois anos de diferença... E o mais novo admira, segue o que o irmão mais velho. Então, a convivência era muito boa. Sinto falta disso. Perdi ele muito cedo, eu acho", lembra com saudade o narrador do Escrete de Ouro Roberto Queiroz."Ele na verdade era gerente financeiro de uma outra rádio e cuidava do faturamento e do financeiro como um todo. E, nessa rádio, ele começou a participar de alguns programas gravados pelos padres, que eram os donos da rádio. Como não tinha um locutor, eles (padres) começaram a colocar Mané para aprender e a apresentar os programas. Sendo que teve um momento que nós, da equipe esportiva, perdemos o plantão esportivo e não tínhamos quem colocar. Então me deu um estalo na cabeça de colocar Mané como plantão nessa emergência e ele foi muito bem. Tanto que depois saímos para outras rádios e ele foi também, já como plantão, e se soltou", contou Roberto.

Contemporâneo de Mané Queiroz, o comentarista Ralph de Carvalho além de mencionar a marca registrada do plantão esportivo, de ser alto astral e brincalhão, também fez questão de ressaltar a inteligência do amigo. "Mané era um apaixonado por rádio esportivo. Mesmo trabalhando no setor administrativo, ele queria participar como plantão e no futebol o tempo todo. Lembro que Mané fez concurso para o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), foi aprovado e virou funcionário do Incra. Com isso, ele deixou a parte administrativa da rádio e ficou só na parte esportiva, nos plantões. Depois ele ainda se formou em psicologia, porque ele gostava de estudar. Só não entrou nessas atividades porque o que ele queria mesmo era o rádio esportivo. E ele ficava feliz no plantão. Não queria ser repórter, não queria ser comentarista, ele queria ser aquilo ali. Foi feliz o tempo todo sendo o plantão que ele era", comentou Ralph.

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