Futebol Internacional

Presidente da Fifa não quer "prioridade" de vacinação para jogadores de futebol

Mandatário da entidade não endossa o discurso do Comitê Olímpico Internacional (COI), que quer atletas olímpicos como grupo prioritário para imunização

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AFP

Publicado em 02/02/2021 às 7:34
Presidente da Fifa, Gianni Infantino, recomenda seguir a ordem de vacinação determinada pela OMS - STR/AFP

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, descartou nesta segunda-feira que a entidade exigirá uma vacinação prioritária dos jogadores de futebol profissionais contra o covid-19 para facilitar as competições, posição que já havia sido manifestada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).



"A prioridade, no que diz respeito às vacinas, é obviamente que as pessoas em risco e os profissionais de saúde sejam vacinados primeiro", afirmou o presidente da Fifa, convidado para encontro com a imprensa pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover acesso igualitário a esses tratamentos.

O dirigente acrescentou que os jogadores "não são um público prioritário" na vacinação, apesar de a pandemia ameaçar os calendários esportivos.

"É possível que em um determinado momento recomendemos a vacinação, mas tudo será feito, é claro, respeitando a ordem de distribuição das vacinas", insistiu Infantino.

Apesar de a grande maioria dos campeonatos continuar a ser disputada com portões fechados, o presidente da Fifa se mostrou confiante de que os estádios ficarão lotados na Copa do Mundo do Catar, que será realizada de novembro a dezembro de 2022.

"É preciso que, entre agora e então, a covid-19 seja erradicada. Se não for, acho que teremos um problema muito mais sério do que a Copa do Mundo", acrescentou.

O debate sobre uma eventual prioridade de vacinação dos atletas tem repercutido muito nas últimas semanas na medida em que aumentam as dúvidas sobre a realização dos Jogos de Tóquio, de 23 de julho a 8 de agosto, além da Eurocopa e da Copa América em junho-julho.

Mas o COI se recusa a exigir acesso prioritário às vacinas para os participantes dos Jogos, o que representaria dificuldades éticas e práticas, uma vez que a campanha de vacinação começa em ritmo desigual entre os países.

A entidade olímpica recomenda que os atletas "sejam vacinados em seus países de residência, respeitando as diretrizes nacionais", uma vez que tenham as doses "disponíveis para um público mais amplo".

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