OLIMPÍADA

A pouco mais de 100 dias da Olimpíada, Japão reforça medidas contra a covid-19

A decisão foi tomada em meio a um novo aumento de casos da doença e menos de três semanas depois do fim do estado de emergência contra o novo coronavírus e pouco mais de 100 dias antes do início dos Jogos Olímpicos.

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JC

Publicado em 09/04/2021 às 11:42
"O que está acontecendo aqui é inaceitável", declarou Maurits Hendriks, diretor técnico do NOC-NSF, em coletiva de imprensa em Tóquio. - CHARLY TRIBALLEAU / AFP

ESTADÃO CONTEÚDO



O governo do Japão autorizou nesta sexta-feira (9) que as cidades de Tóquio, Kyoto e Okinawa adotem medidas mais rígidas de combate à covid-19. A decisão foi tomada em meio a um novo aumento de casos da doença e menos de três semanas depois do fim do estado de emergência contra o novo coronavírus e pouco mais de 100 dias antes do início dos Jogos Olímpicos.

"Hoje (sexta-feira) decidimos tomar medidas intensivas para prevenir uma epidemia em Tóquio, Kyoto e Okinawa", declarou o primeiro ministro Yoshihide Suga, após uma reunião de ministros e funcionários do governo. "Tomamos essa decisão porque o número de infecções aumenta e tememos que o sistema médico fique sob pressão nessas regiões", acrescentou.

Adiados em um ano devido à pandemia do novo coronavírus, os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 começarão no dia 23 de julho na capital japonesa, onde os contágios haviam caído, graças ao estado de emergência. Os casos voltaram a aumentar, no entanto, desde a suspensão das restrições em 21 de março.

As novas medidas - menos severas que os rígidos confinamentos impostos em outros países - preveem o fechamento de restaurantes e bares às 20 horas, sob pena de multas. A cidade de Osaka (na região oeste do Japão) decretou medidas especiais, após o aumento de casos de covid-19, e cancelou o revezamento da tocha olímpica nas vias públicas de todo departamento.

A partir desta segunda-feira e até o dia 11 de maio, grande parte de Tóquio estará sujeita a novas medidas semelhantes ao estado de emergência anterior, mas que permitirão concentrar mais facilmente as atenções em surtos infecciosos, segundo as autoridades. "Para administrar a crise, pedi que medidas especiais fossem aplicadas em Tóquio", disse a governadora da cidade, Yuriko Koike. "É urgente que adotemos mais medidas e mais fortes, como a redução do fluxo de pessoas entre as grandes cidades, porque, senão, vamos assistir a uma propagação dos contágios", acrescentou.

Apesar de várias ondas de infecção, o Japão tem sido relativamente pouco afetado pelo novo coronavírus, em comparação com outros países, com cerca de 9.300 mortos oficialmente desde janeiro de 2020.

Agora, porém, os centros urbanos estão passando por um aumento nos casos de covid-19 e os profissionais de saúde relatam uma pressão crescente sobre os hospitais. Os médicos também alertaram sobre a rápida disseminação das variantes.

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