As 50 mil doses de vacinas contra a covid-19 doadas pelo laboratório chinês Sinovac para imunizar jogadores, técnicos e árbitros do futebol sul-americano, que vão participar da Copa América e de outros torneios da Conmebol, chegaram ao Uruguai nesta quarta-feira. Este é "um acontecimento histórico em um momento histórico da humanidade", disse a jornalistas o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, o paraguaio Alejandro Domínguez, no aeroporto de Carrasco, perto de Montevidéu.
Domínguez desembarcou na capital uruguaia nesta quarta-feira para receber pessoalmente as doses do voo cargueiro da Lufthansa, que chegou ao terminal aéreo por volta das 20h30, horário local. "Somos a única confederação do mundo que pensou grande, como mostra a história do futebol sul-americano", disse o dirigente, antes de agradecer à China e às autoridades uruguaias pelos esforços juntamente com o gigante asiático para obter a doação.
Domínguez destacou que a Sinovac produziu "um lote de vacinas específicas e principalmente para o futebol sul-americano", o que constitui "mais uma ferramenta" ao protocolo de saúde que a confederação já desenvolve. Desta forma, será possível "garantir a segurança dos protagonistas da próxima Copa América", afirmou, insistindo que as vacinas "de forma alguma substituem o protocolo".
Por sua vez, o embaixador da China no Uruguai, Wang Gang, garantiu que esta doação configura "um antes e um depois nas relações entre a China e a Conmebol em geral, e entre a China e a Copa América em particular". O diplomata destacou ainda o papel do presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, para alcançar este objetivo e considerou um "reflexo da parceria estratégica entre a China e o Uruguai".
As doses serão distribuídas "imediatamente" às diferentes associações "em estrita conformidade com as normas legais e sanitárias em vigor", havia assinalado a Conmebol dias atrás em um comunicado. De acordo com a entidade, a vacinação com doses de CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, começará com as seleções que vão disputar a Copa América Colômbia-Argentina e que participam de torneios internacionais até chegar às seleções feminina e masculina da categoria principal de cada país.
"Em todos eles estão incluídos, naturalmente, a comissão técnica e os auxiliares", observou o organismo. A ordem continua com os árbitros e pessoal operacional envolvido na organização das partidas. A Conmebol esclareceu que a vacinação não será obrigatória. "O jogador que optar por não ser imunizado não será penalizado e nem excluído das competições." A operação de vacinação vai terminar antes do início da Copa América na Argentina e na Colômbia (13 de junho).