Olimpíadas de Tóquio

Um adeus emocionado aos Jogos mais desafiadores da história

O último capítulo dos Jogos de Tóquio-2020 teve momentos de celebração e reconhecimento aos 16 dias de competições entre os melhores atletas do mundo

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AFP

Publicado em 08/08/2021 às 12:08
CERIMÔNIA Estádio Olímpico de Tóquio foi palco da despedida - CHARLY TRIBALLEAU/AFP

As Olimpíadas de Tóquio terminaram neste domingo (8) com uma cerimônia de encerramento que mostrou a riqueza cultural do Japão e enviou uma mensagem de agradecimento ao país por sediar o maior espetáculo do esporte em condições de emergência.



O último capítulo dos Jogos de Tóquio-2020 teve momentos de celebração e reconhecimento aos 16 dias de competições entre os melhores atletas do mundo, mas o espírito da despedida resumiu-se a duas palavras de Thomas Bach: "Nós conseguimos".

"Vocês, o povo japonês, podem estar extremamente orgulhosos do que conseguiram. Em nome dos atletas, dizemos: 'Obrigado, Tóquio. Obrigado, Japão", proclamou o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) às arquibancadas, que a população local não pôde ocupar.

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A cerimônia começou com dois minutos de imagens memoráveis dos 16 dias intensos de provas e, também, de inúmeras restrições para manter a pandemia longe dos Jogos.

A icônica tenista Naomi Osaka apareceu na tela do Estádio Olímpico de Tóquio acendendo a majestosa pira na abertura, assim como outros membros da bem-sucedida equipe anfitriã - que conseguiu subir ao terceiro lugar no quadro de medalhas sem o apoio de seus torcedores.

Sorrisos e lágrimas, esforço e celebração, concentração e habilidade. E estrelas, da velocista jamaicana Elaine Thompson-Herah à saltadora venezuelana Yulimar Rojas, passando pelos impressionantes astros dos novos esportes olímpicos como o skate e a escalada.

Após a entrada formal das autoridades e das bandeiras, a música festiva abriu o desfile dos atletas ainda presentes nestes Jogos, incluindo algumas novas figuras que iluminaram esses Jogos, como a ginasta brasileira Rebeca Andrade e o atleta holandês Sifan Hassan.

Acrobatas, skatistas e malabaristas da bola e da bicicleta divertiram os atletas numa mostra do que aconteceu nos parques de Tóquio que, na era da pandemia, os torcedores estrangeiros não puderam visitar.

Os atletas foram aplaudidos pelos torcedores do telão quando partículas de luz emergiram de cada um deles se juntando em uma onda gigantesca e formando os anéis olímpicos, em um espetáculo visual que coroou os Jogos mais tecnológicos e 'virtuais' da história.

O tradicional segmento de apresentação dos próximos anfitriões, Paris-2024, também foi principalmente remoto, com um vídeo do céu parisiense que culminou com a celebração de uma multidão sob a Torre Eiffel, transformada em porta-bandeira olímpica.

A música japonesa, da sopranista Tomotaka Okamoto ao DJ Matsunaga, passando pelo jazz, funk e clássica, esteve presente durante a cerimônia de duas horas, embora com menos destaque que nos encerramentos de Londres-2012, com seu festival das melhores bandas britânicas, ou o exuberante samba com o qual Rio-2016 se despediu.

O Japão tradicional foi representado pelo tambor taiko, cuja atmosfera substituiu o silêncio para a parte comemorativa, e uma sequência de danças de quatro regiões diferentes que sobrevivem de geração em geração.

Os trajes também tiveram um papel importante com hakamas e quimonos, como o usado pela governadora de Tóquio, Yuriko Koike.

Com o bastão passado para Paris, uma das capitais da Europa, Tóquio apagou a chama olímpica na pira e encerrou a cerimônia com uma mensagem na tela: "Arigatô" (Obrigado).

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