Em uma batalha que se prolongou até poucas horas antes da cerimônia de encerramento deste domingo (8), os Estados Unidos conseguiram confirmar o domínio do quadro de medalhas olímpicas sobre a China nos Jogos de Tóquio-2020, enquanto Brasil e Japão quebraram seus próprios recordes.
Os Estados Unidos terminaram na primeira colocação no quadro de medalhas com 39 ouros e um total de 113 pódios (41 de prata e 33 de bronze), contra 38 ouros e 88 medalhas (32 de prata e 18 de bronze) da China.
A vitória da seleção americana de vôlei feminino sobre o Brasil desempatou a disputa com a China em ouros.
Sem o impulso de algumas de suas figuras mais emblemáticas, a delegação americana perdeu fôlego no Japão em relação aos 46 ouros que somou tanto na Rio-2016 (121 medalhas no total) quanto em Pequim-2008 (104).
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Em seus primeiros Jogos sem o lendário Michael Phelps neste século, as medalhas de ouro americanas na natação caíram de 16 no Rio para 11 em Tóquio, enquanto no atletismo o número caiu de 13 para 7.
A China, por outro lado, superou os 26 ouros e 70 medalhas no total que ganhou na Rio-2016.
O Japão anfitrião, embora não contasse com o apoio de seus torcedores devido à pandemia de coronavírus, também deu um grande salto de 12 ouros (41 medalhas no total) da Rio-2016 para 27 (58) de seus Jogos, onde ficou com o terceiro lugar no quadro de medalhas.
A Grã-Bretanha subiu para o quarto lugar em Tóquio-2020 no último minuto com 22 ouros, cinco a menos que no Rio, e 65 medalhas no total.
Os atletas russos, que competiram com o nome de Comitê Olímpico Russo (ROC) devido à sanção aplicada ao país por doping, terminaram em quinto lugar com 20 ouros (70 no total).
Os 10 primeiros lugares foram completados pela Austrália (17 ouros), que na preparação para os Jogos foi escolhida para sediar os Jogos de 2032 em Brisbane, seguida por quatro países europeus: Holanda (10), França (10), Alemanha (10) e Itália (10).
O primeiro país latino-americano na classificação olímpica foi o Brasil, em 12º lugar.
Se no Rio os brasileiros conquistaram 19 medalhas em casa (7-6-6), em Tóquio alcançaram o recorde de 21 (7-6-8), com direito a momentos marcantes como o ouro e a prata de Rebeca Andrade na ginástica artística e o triunfo no futebol masculino.
Cuba (14º lugar) também obteve sete ouros, o maior número desde os nove em Atenas-2004, e um total de 15 medalhas.
Quatro dos sete metais dourados foram conquistados no boxe, enquanto que no tatame da luta greco-romana Mijaín López entrou para o Olimpo dos Jogos com seu quarto ouro consecutivo.
O Equador (37º colocado) também teve um desempenho memorável ao conquistar duas medalhas de ouro, no ciclismo e no levantamento de peso, quando em toda a sua história olímpica havia vencido apenas uma, e também somou uma prata.
A Venezuela (46º) conquistou o terceiro ouro de sua história com a prodigiosa Yulimar Rojas no salto triplo, que bateu o recorde mundial, e também conseguiu três pratas.