Da AFP
A seleção brasileira denunciou insultos racistas proferidos contra o zagueiro Robert Renan nas redes sociais nesta quarta-feira (31) após a partida contra a Tunísia pelo Mundial Sub-20 na Argentina, em que o Brasil garantiu a classificação para as quartas de final ao vencer por 4 a 1.
Renan, de 19 anos, foi expulso aos 45 minutos de jogo. Ao deixar o campo, ele foi vaiado pela torcida no estádio Único Diego Armando Maradona, em La Plata, em sua maioria de argentinos.
O zagueiro do Zenit, da Rússia, que segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) "foi provocado pelos torcedores locais", respondeu mostrando os cinco dedos da mão esquerda, numa referência às Copas do Mundo que a seleção principal já conquistou.
Em seguida, "ele foi vítima de vários casos de racismo" nas redes sociais, acrescentou a CBF, que em seu comunicado não deu mais detalhes sobre as ofensas.
O zagueiro postou no Instagram 'prints' de mensagens em que os usuários o chamam de "negro", "cabeça de macaco" e ameaçam atirar nele. Alguns enviam a ele 'emojis' de primatas.
CASOS DE RACISMO
No dia 21 de maio, o atacante Vinicius Jr, do Real Madrid, sofreu ofensas racistas em Valência durante uma partida do campeonato espanhol.
A ONU e vários atletas se juntaram à onda de reações em apoio a 'Vini' após esse episódio.
Depois, o colombiano Hugo Rodallega denunciou que torcedores do Gimnasia y Esgrima de La Plata o chamaram de "negro" e "macaco" em uma partida da Copa Sul-Americana, fato que a Conmebol está investigando.