Por conta da pandemia do novo coronavírus, o futebol está paralisado há quase três meses. A última partida que o Náutico fez antes pausa inesperada foi dia 14 de março, diante do Fortaleza, nos Aflitos, onde o Timbu perdeu por 0x3 em um duelo válido pela Copa do Nordeste. No entanto, após o plano de retomada da economia divulgado pelo governo de Pernambuco na última segunda-feira, ficou definido que os treinamentos devem ser retomados no dia 15 deste mês e seguindo um protocolo seguro para a volta.
Em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga, comentou sobre o protocolo rigoroso para a volta aos treinamentos. O dirigente também falou que existem algumas atividades que são realizadas em locais fechados e não têm tanta exigência.
"Infelizmente no país que a gente vive tudo se torna um debate político. E agora com palco. E eu acho que nenhum palco é tão impactante no Brasil como o futebol. E acabou que há um nível de protocolo mais apurado e aprofundado para a volta. Você não pode dizer que está errado, mas você falou que existem outras atividades que não têm esse nível todo. E levando em conta que um jogo ou treinamento de futebol é feito em um ambiente aberto que é o campo. E você teria condições de fazer muitas coisas levando em conta o contexto. Existem atividades que são em locais fechados e não têm tanta exigência. Mas é aquela história: manda quem pode e obedece quem tem juízo."
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Mesmo com data para os treinamentos, naturalmente ainda não há definição com relação a volta do público aos estádios. Para o vice-presidente do Náutico, o futebol sem torcida tem um gosto diferente. Ainda de acordo com Diógenes Braga, os jogadores também comentam com ele que vão sentir muita falta dos torcedores quando a bola voltar a rolar.
"O cenário de incerteza ele é muito ruim porque futebol é programação. Você tem um determinado tempo para se preparar e você faz a sua preparação de acordo com as datas e por isso que você estipula um tempo de preparação. Então isso é um desafio que os clubes vão ter que achar uma solução. Em relação a questão de público, eu acho que o futebol sem público ele tem um gosto diferente. Assim que a gente tiver as mínimas condições de público, mesmo que não seja total, que seja apenas dez pessoas que não lotam estádio, mas que representam ali. Impressionante como os jogadores comentam sobre isso, a falta que a torcida faz num jogo de futebol", disse Diógenes Braga.
O vice-presidente jurídico do Náutico também comentou sobre os equipamentos para o protocolo de retomada do futebol. De acordo com o Diógenes Braga, esse assunto está sendo debatido entre os clubes e a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e que projeta tudo preparado até o dia 15 de junho, data marcada para o retorno dos treinamentos.
"Esse assunto tem sido debatido entre os clubes e a FPF. Vai se chegar a um denominador que atenda a todo mundo. É uma despesa alta e a gente acredita que a FPF junto a CBF possa criar algum dispositivo que facilite em relação aos clubes. Os clubes também acreditam que a FPF vai conseguir isso e a gente está construindo junto. Espero que até o começo da próxima semana a gente tenha uma definição total sobre o protocolo e para ao longo da semana a gente deixe tudo preparado para receber os atletas dia 15", finalizou o vice-presidente alvirrubro.