Técnico do Náutico avalia consequências da indefinição sobre a volta dos jogos

"A nossa preparação estava sendo muito boa, a motivação estava grande para esse reinício e veio um balde de água fria", disse Gilmar Dal Pozzo
Fernando Castro
Publicado em 05/07/2020 às 7:39
Gilmar Dal Pozzo pede paciência com uso dos garotos da base Foto: Caio Falcão/Náutico


Com um posicionamento claro a favor do retorno do Campeonato Pernambucano, o Náutico entende que postergar o reinício da competição afeta o planejamento da comissão técnica e a preparação do elenco. Com a expectativa de que o time pudesse voltar a jogar neste domingo (5), o técnico Gilmar Dal Pozzo revelou que o clube foi surpreendido com a decisão do Governo do Estado em não liberar a volta dos jogos. Agora com o desafio de resgatar a motivação dos jogadores, o treinador avaliou os aspectos positivos e negativos com relação a essa indefinição.

"Criamos a expectativa e a gente estava se preparando para o reinício no dia 5 de julho. Quando vem essa notícia é difícil administrar o comportamento dos atletas. Os atletas estavam extremamente motivados, a comissão técnica e a diretoria também. Essa notícia nos pegou de surpresa e a gente acabou baixando o nível de concentração, inclusive os atletas também, então é um comportamento normal. A nossa preparação estava sendo muito boa, a motivação estava grande para esse reinício e veio um balde de água fria", revelou Gilmar Dal Pozzo.

Por outro lado, o técnico do Náutico entende a indefinição com relação ao reinício dos jogos traz um aspecto positivo para o clube, já que agora os jogadores vão ter mais tempo para treinar e evoluir até a volta das competições."A gente vai ganhar um período maior de preparação, tanto na parte física quanto na parte técnica e tática. Vamos aproveitar o máximo, treinando, repetindo a formação, dando continuidade a uma ideia de jogo. Agora a gente tem que saber aproveitar e tirar proveito desse período que nós temos para nos preparar", avaliou Dal Pozzo.

LADO FINANCEIRO

O cenário de indefinição também afeta o planejamento da diretoria do Náutico. Durante o período sem jogos devido à pandemia do novo coronavírus, o clube teve a perda de várias receitas e tem encontrado desafios para captar recursos. Apesar das dificuldades, os jogadores e funcionários seguem com salários em dia, mas de acordo com o vice-presidente Diógenes Braga, a medida em que a paralisação se estende, os recursos ficam cada vez mais comprometidos. Assim, o dirigente teme a possibilidade de atrasos nos pagamentos.

"Essa paralisação coloca um risco muito grande os nossos objetivos no ano, que passam diretamente pelo cumprimento dos pagamentos. A medida que se expande a paralisação, evidentemente que compromete mais os recursos financeiros. Não é simplesmente voltar a jogar e tudo volta ao normal, não é. Está muito desacelerado, temos que voltar captar recursos, a andar, quando a gente voltar ainda vai ser com portões fechados, então nos coloca em um cenário de muita dificuldade. Isso nos exige um nível de criatividade absurdo", disse Diógenes.

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