Quitou débito

Agente de ex-atacante do Náutico acusa antiga gestão de falsificar recibos do atleta

Timbu conseguiu quitar débito milionário com Olivera nesta sexta-feira. Empresário do atacante uruguaio, que passou pelo Timbu em 2013, relembrou acusações sobre falsificação da assinatura do atleta

Klisman Gama
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Klisman Gama
Publicado em 25/09/2020 às 20:33 | Atualizado em 25/09/2020 às 20:33
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Ação de R$ 1,189 milhão foi quitada pela atual gestão do Alvirrubro - FOTO: JC Imagem

Nesta sexta-feira (25), o Náutico conseguiu quitar um dos seus grandes encargos trabalhistas de gestões passadas. A dívida de R$ 1,189 milhão referentes a ação movida pelo atacante uruguaio Olivera, que passou pelo Timbu em 2013. Depois de uma saída conturbada e dívida que se arrastaram entre gestões, o valor acordado foi pago e o empresário do atleta se mostrou satisfeito por encerrar a questão. Porém, reacendeu uma das polêmica que surgiram nesse imbróglio da saída do centroavante: a possibilidade de recibos com falsificação da assinatura do jogador, emitidos pela direção alvirrubra da época. De acordo com o agente, uma perícia foi contratada na época para constatar a falsificação, o que, segundo o próprio empresário, ocorreu.

“Ele foi contratado na gestão Paulo Wanderley e em todos os clubes que ele jogou foi extremamente profissional. Entendeu o momento do clube que estava em uma situação delicada em termos salariais, e se comentava que era um dos melhores anos do clube em questões financeiras. Aí teve todo aquela questão de desempenho e comunicaram a ele do afastamento do clube. Tudo bem, ele saiu, surgiram muitas coisas estranha no período da saída dele. Inclusive, um diretor de futebol da época ligou para ele, oferecendo um valor ‘x’ para sair, sendo que ele tinha assinado por um valor ‘y’ para receber no clube. E isso daí a gente não concordou de maneira alguma, porque era uma forma de lesar o clube e lesar o atleta”, afirmou o empresário de Olivera, Miguel Garepe, em entrevista ao repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal.

“Um dos diretores de futebol me ligou, o Alexandre Homem de Melo. Ele me fez a proposta, não aceitei. Nem levei ao atleta porque jamais ele aceitaria uma situação dessa também, e aconteceu tudo, veio uma nova gestão, fomos chamados para fazer um acordo, que foi selado, não pagaram nenhuma parcela do acordo e não tivemos uma outra alternativa senão acionar o clube”, acrescentou o representante.

 

Olivera e seu empresário acionaram o Náutico na Fifa em 2015, e lá foi que afirmaram ter acontecido a possível falsificação dos recibos, que foram apresentados como prova pelo Timbu dos pagamentos do salário em carteira e direitos de imagem referentes os quatro meses de salários cobrados pelo atleta, de setembro a dezembro de 2013. O acordo anterior era para o jogador permanecer no Alvirrubro até maio de 2014, mas foi rescindido e teve a assinatura efetuada na gestão do ex-presidente Gláuber Vasconcelos.

Do outro lado, a parte acusada, o ex-diretor de futebol do Náutico, Alexandre Homem de Melo, nega veementemente a acusação do empresário. Segundo ele, não houve falsificação de nenhum recibo. E caso tenha havido, não foi da parte dele. Inclusive, pedirá a cópia do documento e fará um exame para atestar que a assinatura presente não é dele.

“Se ele falou, vai ter que provar. Se ele vai se explicar ou não é um problema dele. Mas eu vou pedir cópia do recibo. A primeira coisa que acho estranha é a contabilidade do clube. Ele fala que foi apresentado um recibo falsificado, e se foi apresentado esse recibo, deve estar lá no Clube Náutico Capibaribe”, disse o ex-diretor em entrevista à Rádio Jornal.

“A perícia que ele deve mencionar é perícia que ele contratou. E sobre falsificar um recibo, ele pode ter pedido para qualquer pessoa falsificar um recibo, e quero saber quem falsificou. e vou mandar fazer o exame grafológico para atestar que não tem nenhuma letra minha. Então se ele está insinuando ou firmando que alguém do Náutico, ou eu ou qualquer outro, falsificou o recibo, lá vai ter a letra. E no exame grafológico não tem dizendo que quem é a letra mas vai dizer se é minha ou não. Então vou provar que essa falsificação que se fala, minha que não é. Inclusive já falei com um advogado, vou conversar de novo e a gente via resolver isso aí. Ele falou e agora vai ter que provar e apresentar as provas, porque nós vamos pedir”, finalizou.

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