Após a audiência de conciliação realizada nesta quinta-feira (20), de forma remota, o Náutico não conseguiu chegar a um acordo para quitação da dívida de R$ 3.332.631,90 com o ex-volante Martinez, que passou pelo clube entre os anos de 2012 e 2013. Porém, apesar de não ter acontecido uma composição com o ex-atleta, o vice-presidente jurídico do Timbu, Bruno Becker, explicou, em contato com a reportagem do Jornal do Commercio, que o clube alvirrubro conseguiu 'avançar' no processo. O acerto, portanto, pode acontecer numa nova audiência, marcada para o próximo mês.
"Teve um avanço, mas a gente não conseguiu ainda fechar um acordo. Ficou designado uma nova audiência para o dia 18 de junho. A gente espera daqui para lá conseguir equacionar esses detalhes que faltam. Nós fizemos uma proposta, eles fizeram uma contraproposta, e estamos trabalhando entre essas duas situações. São detalhes que vamos precisar de algum tempo para tentar equacionar. Mas o importante é que saímos dessa audiência em um estágio mais avançado para tentar resolver esse processo com Martinez, que ultrapassa os R$ 3 milhões", detalhou.
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Após ter jogado no Náutico em duas temporadas (2012 e 2013), Martinez acionou o Timbu na Justiça do Trabalho em 2014 cobrando valores referentes a salários atrasados, FGTS, férias, 13º salário, entre outros valores. Como o departamento jurídico alvirrubro não fez acordo durante o andamento do processo, alegando que não tinha verba para pagar a dívida, o Juiz Hélio Luiz Fernandes Galvão, da 5ª Vara do Trabalho do Recife, assinou, no ano passado, um despacho autorizando a publicação do edital de leilão do imóvel da garagem do Remo do Náutico, localizada na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, para pagamento da ação movida pelo ex-volante.
O leilão, no entanto, foi suspenso pelo departamento jurídico do Náutico no final do ano passado. Ainda assim, a dívida continua existindo, já que o processo já transitou em julgado e não cabe mais recurso. Por se tratar de um valor muito alto, houve a tentativa de conciliação na audiência desta quinta. Com o avanço na ação, conforme citado anteriormente por Bruno Becker, a tendência é que o novo encontro entre às partes, no dia 18 de junho, possa selar um acordo inferior e de forma parcelada. "Esse valor só diminui através de um acordo, porque já está em fase de execução. Vamos tentar resolver na nova audiência que foi marcada", resumiu Becker.