Apesar de o Campeonato Alemão ter retomado nesse final de semana, muitas emissoras estão aproveitando a paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus para reprisar grandes partidas da seleção brasileira e também de alguns clubes nacionais. E, em muitos desses jogos reprisados, o meia-atacante Felipe Simplício, de apenas 18 anos, sequer era nascido. Em outras, ainda criança, não tinha a lembrança exata dos confrontos.
Em conversa com a reportagem do Jornal do Commercio, o prata da casa tricolor revelou que aproveita esses momentos de confinamento para assistir essas partidas históricas e ouvir as histórias contadas pelo seu pai, dos relatos da época. "Tem alguns jogos que fico acompanhando com o meu pai (Aluízio Simplício) e ele fica me contando algumas coisas. É bom esse momento (de isolamento) pra isso. Outro dia assistimos a final de 2002 (Copa do Mundo), que aconteceu no ano que nasci. Ele me contou que os jogos eram de madrugada (o Mundial foi disputado na Coréia do Sul e no Japão e, aqui no Brasil, as partidas passavam nas primeiras horas do dia). Que ele me deixava no quarto dormindo e ia para sala assistir o Brasil jogar. É um momento bom para relembrar tudo isso e assistir junto com ele", contou Felipe Simplício.
Além desse momento família, Cabeleira conta que também procura fazer o seu 'dever de casa' e analisar a técnica de alguns jogadores e como eles se apresentavam taticamente em campo... Claro, sempre com a ajuda paterna. "O meu pai sempre me fala para observar o Fenômeno (Ronaldo). Procuro ver como ele era rápido em campo, como buscava a finalização de forma rápida, conduzia a bola perto do corpo, sempre com objetividade e sempre pegando a bola perto do gol para buscar finalizar. Ele e Rivaldo... Os dois dispensam comentários", declarou Felipe, demonstrando a sua admiração pelos atacantes campeões da Copa do Mundo de 2002, com a dupla marcando 13 gols no Mundial: oito do camisa 9 e cinco gols do camisa 10.
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Outra coisa que chamou a atenção do meia-atacante coral foi a evolução do futebol e as mudanças das regras com o passar do tempo. "Eu assistindo (as reprises) e tinha jogos que o goleiro jogava sem luva, que era permitido recuar a bola para o goleiro e ele pegar com as mãos. Fico pensando como era o futebol nessa época, penso como seria se eu estivesse em campo. Antigamente era muito mais pegado... Teve um lance que Pelé deu uma cotovelada no rosto de um adversário, não foi expulso e o juiz ainda deu falta a favor do Brasil", relembrou Felipe Simplício, se referindo ao lance ocorrido na Copa do Mundo de 1970, quando Pelé acertou uma cotovelada no zagueiro uruguaio Dagoberto Fontes.
"Teve um outro jogo que passou e foi para a prorrogação. As duas seleções estavam 'mortas' (bastante cansadas) em campo. Perguntei a meu pai o porquê de os treinadores não terem trocado os jogadores, mas ele me disse que naquela época não tinha substituição. Fico imaginando como seria hoje... O jogador tinha de ter pulmão pra aguentar jogar essas partidas mais longas", relatou o tricolor.
FABIANO
Um pouco mais velho que Felipe Simplício e com mais memória que o prata da casa, o lateral-esquerdo Fabiano, de 30 anos, também confessou que tem visto bastante jogos nessa quarentena. "Fico feliz de rever esses jogos. Começamos a analisar as partidas e vejo toda a evolução do futebol da década de 90 e das anteriores também para cá. O quanto mudou. Poder ver jogadores que marcaram história com suas seleções, representando seus países, é muito gratificante rever esses jogos nesse tempo que estamos em casa", falou o lateral coral.Aluízio Simplício
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